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Personagens e lugares da série Harry Potter pertencem a JK Rowling e Warner Brothers. Essa história é apenas uma fanfic sem intenção de ferir os direitos autorais. Personagens originais inventados para continuidade da história.

Harry Potter Publishing Rights © J.K. Rowling. Harry Potter characters, names and related are trademarks of Warner Bros. All rights reserved. My history is a fanfiction. Not intention infringe copyright



terça-feira, 24 de junho de 2025

[Extra] O arraiá da Castelobruxo

 

 Olá, bruxinhos e bruxinhas! Resolvi imaginar como seria uma festa junina na nossa escola mágica. Espero que gostem!


 

O arraiá da Castelobruxo era sempre um acontecimento. Nesse ano, a diretora, Rovelina Santos, estava enérgica, enquanto dava ordens e reclamações por toda escola. Os alunos que nasceram no Nordeste fizeram um abaixo-assinado para que só tocassem forró, mas os do Sul disseram que não poderia faltar a música nativista.

– O Sul nem tem São João – disse Maria Clara a Vitória Belinky.

– Bah, mas temos o bom vaneirão.

– E claro que teremos sertanejo – disse Pedro João.

– Olha só – falou Rovelina. – A banda Remela de Mula-sem-cabeça vai tocar os maiores sucessos deles. Pedirei para incluírem forró, sertanejo e vaneirão, tá bom?

– E pode tocar forró cambute*? – perguntou Frederico. (*trouxa)

– Tinha que ser um cambotá* – falou Martim de Albuquerque, rolando os olhos. (*sangue-ruim)

– Não usamos esse palavreado, Martim! – reclamou a diretora. – Menos 10 pontos para Arazul.

Os colegas da Arazul reclamaram com ele.

– Venham aqui, o grupo responsável pela decoração – falou a professora Angélica Machado, de Feitiços e diretora da Casa Queronga. – Precisamos de várias bandeirolas pra todo o salão. Vou lhes ensinar um feitiço para fazê-las.

Um grupo de alunos aproximou-se.

– Podemos fazer uma barraca do beijo? – perguntou Aurélio.

– Não – disse a diretora.

Os alunos começaram a reclamar. A diretora levantou a varinha e estourou uma bobinha.

– Tá bom, mas a Inspetora Carmem vai supervisionar de perto.

As bandeirolas foram colocadas por todo o teto da escola, nos sete andares. Enquanto faziam isso, o Romãozinho que habitava a escola, passava balançando-as com seu vento e arrancando-as. Só conseguiram terminar o trabalho, quando a professora de Defesa Contra a Artes Malignas, Matilde Silva, apareceu, ameaçando prendê-lo no galinheiro. O serzinho deu uma cambalhota no ar, mostrou a língua e sumiu, voando.

O professor de Magibotânica, Francisco Fontoura, arranjou cactos que foram colocados por todos os lados e o professor de Transmorfogia, João Mendes, fez com que eles cantarolassem forró quando alguém passava.

Durante o almoço daquele dia, houve uma comoção quando um redemoinho apareceu pela Cantina e uma das tias da cozinha apareceu correndo, com a varinha em punho. Ouviram uma risada enquanto um Saci desaparecia pela janela.

– Aquele patife azedou todo o mungunzá e o arroz-doce. Vamos ter que fazer outro – disse ela, enfezada, voltando para cozinha.

 

No dia da festa, o último dia do trimestre, todos desceram para a Cantina. Ela estava transformada em um grande terreiro. Uma fogueira que não aquecia, nem soltava fumaça estava no meio dele. Fogos Curisco e Currupio, que não queimavam, nem faziam barulho, explodiam no teto que se abria para um encantado céu noturno. Barraquinhas tinham pipoca, mungunzá, canjica, maçã do amor, bolos(de milho, amendoim, paçoca, aipim), cuscuz, arroz doce, milho cozido e assado, amendoim cozido, espetinhos de carne, de frango, de coração, de moela, vários tipos de caldo. Uma barraquinha, parecida com um boteco, tinha o nome Timbocaqui, onde serviam quentão virgem, suco de jenipapo, sucos, bebidas gasosas.

A banda Remela de Mula Sem Cabeça subiu ao palco e os alunos gritaram, aplaudiram, assobiaram. O vocalista apontou a varinha para garganta.

– Arraiá da Castelobruxo! Bão demais estar de volta à minha velha escola. – Todos gritaram mais. – Cada um arraste seu par!

– Dança comigo? – perguntou Lúcio a Pedro. O colega sorriu e aceitou a mão dele.

– Bora? – perguntou Fernando a Lícia.

– E desde quando um Queronga dança com uma Tabaçu?

– Sabe que eu não ligo pra essas coisas.

Ela pensou um pouco e eles foram para o meio da dança.

 

O candeeiro se apagou

O sanfoneiro cochilou

E a sanfona não parou

Porque alguém a enfeitiçou...

 

Depois houve a competição de quadrilhas. Cada Casa se apresentou, por ordem de sorteio: Arazul, Sertã, Tabaçu e Queronga. O júri foi composto pelos professores e a diretora. Arazul se destacou pelas vestes azuis se transformarem em lindos vestidos floridos, no meio da dança. Os alunos da Sertã fizeram aparecer cobras quando o animador gritou “Olha a cobra!” e as fez desaparecer quando ele disse “É mentira”... Ao final, soltaram estrelas de várias cores. A Casa Tabaçu fez uma quadrilha com carimbó e com as varinhas movimentaram um boneco de boitatá que cuspiu chamas frias ao final. Todos no salão aplaudiram, extasiados. A Casa Queronga fez uma quadrilha com vaneirão, com os vestidos juninos se tornando as indumentárias tradicionais gaúchas em branco brilhante, cor da Casa, com estrelas douradas.

Enquanto os jurados discutiam o vencedor, o show do Remela de Mula-sem-cabeça retornou...

 

De vez em quando, alguém vinha pedindo pra mudar

E o sanfoneiro ria, querendo agradar

Diabo que a sanfona tinha qualquer feitiço!

Mas é que o sanfoneiro

Ele só tocava isso...

 

– Atenção! – disse a diretora Rovelina, quando a banda parou de novo. – Temos o vencedor. – “EEEEEHHHHH!” – SIM! E o vencedor é... é... Tabaçu!

Os alunos da Casa gritaram, assobiaram, bateram palmas. Os outros, alguns aplaudiram, reclamaram, xingaram. – Representantes da Casa, venham pegar o prêmio!

Um garoto e uma garota do sétimo ano, presidentes da Casa, junto com o prof. João, subiram no palco para pegar um troféu em formato de fogueira com uma chaminha colorida encantada...

E a festa continuou.

Fizeram uma competição de pular fogueira, na qual o Romãozinho aparecia e empurrava os alunos no fogo, fazendo-o perder a competição. Um poste conjurado pelo prof. João tinha sido coberto por uma poção deslizadora e os alunos deveriam tentar subir nele e alcançar a bandeira da escola, no topo, para revelar um prêmio. Apenas um aluno, Marcos Freire, conseguiu chegar ao topo. Puxou a bandeira e choveram pés de moleque, pés de moça, mini bolos de rolo, balinhas de jenipapo.

Quando a noite já ia alta, a Inspetora Carmem pegou alunos na barraquinha Timbocaqui tomando quentão batizado e licor, que tinham contrabandeado para dentro da escola. Foi o fim da festa. A diretora subiu no palco, agradeceu a banda e mandou todos para os dormitórios.


Imagem: Meta IA

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Ano 1 Cap 6 Uma nova chance

 

 Olá, bruxinhos e bruxinhas! Chegamos ao último capítulo do primeiro ano! 


Capítulo 6

Uma nova chance

Enquanto isso, os Malfoy pararam em frente à porta de saída para os jardins. Draco virou-se para Escórpio.

– O que lhe falei sobre amizade com a menina Weasley? Fique longe dela e dos Potter.

– Acho que o problema são os amigos que ele já tem – disse Dafne.

– Fique fora disso.

– Não fale assim com a Dafne – disse Astoria, encarando o marido.

– Eu sei o que seu marido quer, Tori – disse Dafne. – Colocar panos quentes no comportamento dos filhos dos amiguinhos dele.

– Você não tem filhos, Greengrass, então não pode dar palpite em como educo o meu.

 As bochechas de Dafne ficaram vermelhas.

– Não vamos discutir na frente do menino – interveio Astoria.

– Escórpio é meu afilhado, portanto quase um filho – Dafne encarou os olhos cinzentos do cunhado. – E vou ensiná-lo a ser amigo de quem quiser.

– Devemos é cada um ficar no seu lugar seguro. Para evitar confusão.

– Discordo, Malfoy. Se ficar em seu lugar seguro é fechar os olhos, me recuso. Devemos viver em paz com todos. E ser amigos de quem quisermos. Vamos, Escorp. Tchau, Tori.

Dafne puxou Escórpio, escada acima. Astoria encarou Draco, deu um muxoxo de impaciência, virou-se e saiu. O marido acompanhou-a.

 

Rosa estava com muita raiva de Escórpio. Ela pensava que eles eram amigos. Recusou-se a falar com ele, durante o resto do trimestre, sentando-se bem longe dele, nas aulas que cursavam juntos. Não concordou com o que Tiago e Nikolai fizeram, embora, no íntimo, achasse que ele merecera.

– Não está perdendo nada, deixando de falar com o Malfoy – disse Bruno Finch-Fletchey, na aula de Herbologia, uma tarde, pouco tempo depois do dia da brincadeira.

– Não quero falar sobre isso – disse Rosa, colocando fertilizante de dragão em um pé de asfódelo.

Escórpio também não estava feliz. Seus amigos o parabenizaram depois do que ele fez, mas o menino só saiu, batendo no ombro de Vicente, ao passar. Agora, geralmente, ficava sozinho, estudando na biblioteca, até a hora de voltar ao dormitório, onde fechava as cortinas verdes e ficava lendo, à luz da varinha.

Um dia, encontrou Rosa, na biblioteca, com Mary. Chamou-a, mas a menina ao vê-lo o ignorou.

– Preciso falar com você – disse ele. – Eu sinto muito...

– Não me interessa.

– Psiiu – disse Madame Hipátia Majestic, a bibliotecária, olhando feio para eles.

Escórpio saiu.

O dia de voltar para casa chegou, estava quente e ensolarado.. Depois do café da manhã, os alunos terminaram de arrumar suas coisas e desceram para o Saguão. Os alunos do primeiro ano atravessaram de barco até Hogsmeade, de novo. O Expresso de Hogwarts estava parado na Plataforma.

Já no trem, Alvo, Rosa e Mary escolheram uma cabine. Um pouco antes do carrinho passar, os outros Weasley apareceram, mas depois do lanche e de fazerem alguma bagunça, Fred, Roxane, Molly e Victorie voltaram para seus colegas.

A porta da cabine abriu-se e Escórpio colocou a cabeça para dentro.

– Ahn... Rosa, posso falar com você?

– Não – disse Alvo, ríspido.

– Por que você quer tanto falar comigo? – perguntou Rosa, com frieza.

– Por favor, é rápido – disse o menino.

Rosa fuzilou-o com o olhar, mas levantou-se e foi para o corredor. Escórpio fechou a porta.

– Eu quero pedir desculpas. Eu sei que foi algo ruim, não é o tipo de coisa que amigos fazem, mas eu... – Ele parou, olhando para Rosa, que o encarava, de braços cruzados. – ... eu fui um bobo. Deixei os garotos me pressionarem.

– Foram seus amigos que obrigaram você a fazer aquilo? – perguntou Rosa, incrédula.

– Não, eles não me obrigaram – o menino olhou para os pés. Eu deveria ter dito não, mas eu... – o garoto ficou vermelho.

– Ficou com medo – disse Rosa, descruzando os braços. Escórpio olhou para ela e soube que ela tinha entendido tudo, assim como sua mãe e sua tia.

– Se puder me perdoar, eu nunca mais vou fazer brincadeira de mau gosto com você, eu juro – Escórpio esperou, fitando Rosa. A garota sustentou aquele olhar celeste e percebeu algo diferente naquele garoto; ele estava confuso.

– Tá. Eu perdoo você, mas se bancar o idiota de novo, eu mesma é que vou azarar você – disse Rosa, com veemência. Escórpio sorriu.

– Toma – disse ele, estendendo um sapo de chocolate para ela. – Sem Vomitilha, eu juro.

– Obrigada – disse Rosa, sorrindo. Abriu e tirou a figurinha. – Ah, é do meu pai. Toma – ela estendeu a fotinho do homem ruivo, sorrindo e acenando. – Tenho várias.

– Valeu – disse Escórpio, sorrindo, e colocou a figurinha no bolso, mesmo ele também já tendo várias de Rony Weasley. – Ahn... tenha um ótimo verão.

– Obrigada. Você também. Vai pra Copa de Quadribol?

– Não sei. Mamãe disse que ficarei de castigo – ele pareceu triste.

– Papai disse que ia tentar nos levar. Pode ser que a gente se veja, então.

Escórpio sorriu, acenou e saiu. Rosa deu uma mordida no sapo de chocolate, enquanto entrava na cabine.

💙💚💛💖

Em breve, começaremos o segundo ano...

domingo, 15 de junho de 2025

Ano 1 Cap 5 Lesmas e Furúnculos

 Olá, bruxinhos e bruxinhas! Aqui está mais um capítulo da fanfic. Espero que gostem. Na sexta, sai o último capítulo do Ano 1.



Capítulo 5

Lesmas e Furúnculos

Nikolai ficou muito aborrecido ao saber da brincadeira de Escórpio com Rosa. Ele estava indo para os dormitórios, quando encontrou Tiago subindo as escadas.

Tiago estava tentando rastrear Escórpio sozinho, mas ele estava na aula, até o final da tarde. Todos estavam nos jardins ou nas Salas Comunais – o corredor estava deserto quando Tiago viu, pelo Mapa do Maroto, Escórpio saindo da biblioteca. Ele estava indo para lá quando Nikolai o acompanhou.

– Potter.

– E aí, Krum? – disse ele, olhando para o Mapa. – Tô ocupado.

– Tô atrás do Malfoy – adiantou Nikolai.

– Também.

– Ei, Malfoy – chamou Tiago e Escórpio virou-se.

– Que foi?

Que foi? Você achou engraçado a brincadeira com minha prima? – perguntou Tiago, apontando a varinha para o garoto. Escórpio recuou.

– Desculpa, cara. Eu não queria...

Nikolai também puxou a varinha. – Ah, eu também não queria, mas vou ter que azarar você.

– Briga, briga – gritou Pirraça, aparecendo ali. – Uh! Dois contra um! Pottinho e Krum vão acabar com Malfoyzinho.

Escórpio puxou a varinha também. (– É AGORA! – gritou Pirraça.)

– Exper...

Slugulus Eructo! Furnunculus! – gritaram Tiago e Nikolai, ao mesmo tempo. Escórpio levou as mãos ao rosto enquanto Pirraça gargalhava.

– POTTER e KRUM – gritou a profa. Greengrass, entrando no corredor. Ela correu para Escórpio – ele estava vomitando lesmas no chão, enquanto bolotas de pus cobriam todo seu rosto. – Cinquenta pontos a menos para Grifinória e para Sonserina. Vamos, Escórpio. Os dois para sala do prof. Longbottom – disse ela e saiu com Escórpio, deixando um rastro de lesmas.

Os dois entreolharam-se. Tiago sabia que estava em uma baita encrenca. O prof. Longbottom era amigo dos seus pais e a profa. Greengrass, além de diretora da Sonserina era tia de Escórpio – iria defendê-lo. Porém, dessa vez, ele tinha uma justificativa. Nikolai nunca se metera em confusão antes e sabia que seu pai ficaria muito aborrecido. Os garotos caminharam, arrastando os pés, até a sala do diretor da Grifinória. Tiago já estivera ali muitas vezes, embora as aulas do prof. Longbottom fossem nas estufas, geralmente. Havia vários desenhos de plantas nas paredes e uma Mimbletonia estava sobre a mesa do professor. Um quadro que sempre chamara a atenção dos meninos era de uma panóplia de embrulhos de chicles baba e bola, colados como um mosaico em formato de coração, com uma moldura dourada. O professor levantou o olhar, parando a pena.

– Potter, que fez dessa vez? – disse o professor de rosto redondo, indulgente. – Krum, é novidade.

– Azaramos o Malfoy – disse Tiago.

– Por quê?

– Porque ele fez uma brincadeira com a Rosa – respondeu Nikolai.

Neville levantou as sobrancelhas. Houve uma batida na porta e a profa. Greengrass entrou.

– Muito bem, sr. Potter e sr. Krum, podem explicar por que atacaram o sr. Malfoy? – perguntou, incisiva.

– Ao que parece, por vingança – disse o professor Longbottom e a colega olhou para ele. – O sr. Malfoy fez uma brincadeira com a Rosa.

– Que tipo de brincadeira? – perguntou ela, cruzando os braços.

– Ele colocou uma Vomitilha no sapo de chocolate que deu a ela – disse Tiago.

– Não acredito – falou Dafne.

– Ela vai defender ele porque é tia dele – disse Tiago, com raiva. (– Tiago – repreendeu o professor.)

– Nunca favoreci o Escórpio por ser meu sobrinho, sr. Potter – disse, indignada. – Se continuar falando assim, tirarei mais cinquenta pontos da Grifinória.

– Dafne, por favor – disse Neville, levantando-se. Em pé, ele era bem grande e forte. – Teremos que falar com o sr. Malfoy e esclarecer tudo.

 

Escórpio, ainda se curando dos furúnculos, que iam sumindo aos poucos, estava na ala hospitalar, no dia seguinte, quando Dafne apareceu, com Astoria. Ele parara de vomitar lesmas.

– Como está, querido? – perguntou a mãe, preocupada. – Meu bebê, com essas marcas horríveis.

– Logo vão desaparecer – disse Madame Longbottom.

– Eles foram até a sala do diretor Flitwick, no fim da escada em espiral, atrás da porta com maçaneta de águia. O pai de Escórpio estava lá, com um casal em que o menino reconheceu Harry e Gina Potter. Além de um homem forte, de sobrancelhas grossas e nariz adunco, Vitor Krum. Tiago e Nikolai estavam ao lado dos pais.

  Ok – disse o diretor, com sua voz esganiçada. – É lamentável termos que fazer isso, mas tínhamos que chamar os senhores.

– Sentimos muito por mais essa que o Tiago apronta – falou Gina e olhou feio para o filho.

– Sentem muito? – disse Draco. – E o que dizem sobre o meu filho? Atacado pelo monstrinho de vocês.

– Ei – disse Harry, encarando-o. – Não chame meu filho de monstrinho.

– Senhores – interveio o diretor. – O que aconteceu é que o sr. Malfoy fez uma brincadeira com a Rosa Weasley e os senhores aqui acharam-se no direito de se vingar.

– Igualzinho ao pai – disse Draco, olhando com desprezo para Harry.

– Lamento muito pelo comportamento de Nikolai – disse Vitor. – Como Rosa está?

– Bem – falou Neville. – Teve um acesso de vômito por causa de uma Vomitilha.

– Ah – disse Draco. – Gemialidades Weasley. Poderia ter sido qualquer um, até um dos primos.

– Estava no sapo de chocolate que ele deu a Rosa – disse Tiago, apontando para Escórpio.

– Filho – disse Astoria, curvando-se para ficar cara a cara com Escórpio. – Você fez isso? Colocou a Vomitilha no doce que deu à garota? – O menino ficou quieto e evitou o olhar da mãe. – Responde, Escórpio Hyperion.

– Coloquei – disse ele, baixinho.

– Por quê? – tornou a mãe.

– Foi uma brincadeira.

– Fez isso sozinho? – interveio Dafne. Escórpio olhou para tia e depois para mãe. Ele viu, nos olhos delas, que elas sabiam que não faria aquilo sozinho. Balançou a cabeça, afirmativamente.

– Provavelmente uma pegadinha de primeiro de abril atrasada – disse Draco.

– Não toleramos esse tipo de coisa aqui – disse o diretor. – Principalmente se houver algo de maldade por trás, sr. Malfoy.

– O que quer dizer com isso? – perguntou ele.

– Alguns alunos da Sonserina ainda suscitam ideais arcaicos e preconceituosos, na escola, por mais que tentamos detê-los, sr. Malfoy. Aí fora, também, temos visto novas manifestações de velhos comportamentos, pela tal Supremacia Sonserina.

– Somos totalmente contra tais comportamentos, professor – disse Astoria, encarando-o, segurando os ombros do filhos. – Escórpio será devidamente castigado em casa. Vai pedir desculpas a Rosa. Não é, Escórpio?

– Sim, senhora.

– Peça desculpas ao Escórpio, Tiago – disse Gina.

– Mas, mãe...

– Agora, Tiago Sirius. Um erro não anula o outro.

– Desculpa – disse o menino, sem olhar para o colega.

– Nikolai, também – disse Vítor, cutucando o filho.

– Desculpa.

– Pronto, acabou? – perguntou Draco, entediado.

– Os três receberão detenções – disse Flitwick.

 Já no corredor, embaixo, a família Malfoy saiu com Dafne.

– É uma pena nos encontrarmos assim, Harry – disse Vítor.

– Vamos marcar um jantar lá em casa – disse Gina. – Enviarei uma coruja a Rayna. Podemos chamar Rony e Hermione também.

– Ah, sim. Será ótimo. Bom, darei uma palavrinha com Niko, antes de ir. – Pai e filho se afastaram.

– Não sei o que eu faço com você, Tiago Sirius – disse Gina, com os olhos faiscando para o filho, segurando a orelha dele. Tiago fez uma careta. – Mais uma detenção. Deveria dar exemplo a seu irmão.

– Gina – disse Harry, segurando a mão da mulher. – Desse jeito o menino vai ficar igual o Jorge.

– Você é indulgente, Harry Tiago, porque é o filho do Malfoy. – Ela fuzilou-o com o olhar.

– Tiago – disse Harry, com as mãos nos ombros do filho e olhando-o nos olhos. – Foi isso que lhe ensinamos? Usar a varinha sempre, sem conversar primeiro? Para vingança?

– Não, pai.

– Então... Quando tiver algum problema, vá ao Neville, ao Hagrid, ao diretor. Eles vão resolver, sem mandar ninguém para ala hospitalar.

– Aí não teria graça – resmungou Tiago.

– Acha engraçado ficar cheio de furúnculos, vomitando lesmas? – Harry puxou a varinha. – Posso fazer você rir agora.

 Tiago recuou. – Não.

– Foi o que pensei – disse Harry, guardando a varinha. – Quando for fazer algo com alguém, pense se gostaria que alguém fizesse com você. Agora vai, está perdendo aula.

Tiago deu um abraço rápido na mãe e saiu correndo. Harry olhou para Gina e ela sorriu. Ele passou o braço pelos ombros dela e deu-lhe um beijo na bochecha. Os dois saíram.

domingo, 8 de junho de 2025

Ano 1 Cap 4 O sapo de chocolate

 Lumus! Mais um capítulo da fanfic. Espero que gostem



Capítulo 4  

O sapo de chocolate

 

As férias de Páscoa chegaram e os alunos foram para casa. Rosa ficou feliz ao encontrar seus pais e seus avós maternos, que apareceram para o almoço de Páscoa, n’A Toca. Antes de voltar a Hogwarts, Rony apareceu no quarto da filha enquanto ela arrumava a mala.

– Soube que está andando com o Escórpio Malfoy.

– Tiago foi fazer fofoca.

– Não é fofoca. Ele se preocupa com você.

– Escórpio é um garoto legal.

– Sei – disse o pai, desconfiado. – Só cuidado. Uma abóbora não nasce longe do ramo. O pai dele nunca foi flor que se cheire.

– Mas a tia dele é nossa professora e ela é muito legal.

– É, talvez a família da mãe dele seja legal, mas a do pai...

– Tá bom, pai – disse ela, baixando os olhos. Rony passou a mão pelos cabelos dela e saiu.

O pai de Escórpio também conversou com ele, antes da volta a Hogwarts.

– Soube que anda amigo da menina Weasley.

– Rosa?

– Não acho bom que ande com ela?

– Por que?

– Porque vocês são muito diferentes. Podem ter problemas depois.

– Diferentes porque ela tem sangue trouxa? – o menino olhou nos olhos do pai.

– Não é por isso.

– Mamãe não acha que tem problema.

– Sua mãe não vê problema em muita coisa. Vamos? – Draco saiu, levitando o malão.

 

No Expresso de Hogwarts, Escórpio encontrou os amigos: Rick, Vicente, Marcel e Evelyn. Eles estavam rindo e se calaram quando ele entrou na cabine.

– Que foi? – perguntou ele, desconfiado.

– Estamos planejando uma pegadinha – disse Rick, sorrindo.

– Pra Rosa Weasley – disse Evelyn, sorrindo.

– Rosa? – ele ficou preocupado. – O que vão fazer?

– Colocamos um pedaço de Vomitilha nesse sapo de chocolate – explicou Marcel. – E você vai entregar a ela.

– Eu? – perguntou Escórpio. – Nem pensar.

Os outros riram.

– Malfoy é fracote – disse Vicente e imitou uma galinha.

– E namoradinho da Rosinha – caçoou Rick.

– Parem com isso! – disse Escórpio, aborrecido.

– Faça isso ou será banido do nosso grupo – disse Marcel. – Tio Draco vai ficar tão feliz em saber que Escorpinho é um fraco, amante de trouxas – debochou.

Escórpio queria dar um soco no colega, mas ele era bem maior que ele.

– Ela só vai vomitar um pouco – disse Evelyn, sádica. – Nojenta como é, nem vai fazer diferença.

– Cala-a-boca – disse Escórpio, vermelho de raiva.

– Uuuuuhhhh – fizeram os meninos. – E aí? Vai ser um covarde? – perguntou Marcel, estendendo o sapo de chocolate para Escórpio.

O garoto pegou, resignado.

– É isso aí, Escorp – disse Vicente, dando tapinhas nas costas do amigo. Escórpio enfiou o doce no bolso e olhou pela janela.

                                                                               🏰

Ao chegar a Hogwarts, Escórpio não conseguiu comer nada, com o estômago revirando. Se fizesse aquela brincadeira com Rosa, ela ficaria com raiva dele para sempre. Mas se seus amigos o rejeitassem, ele ficaria sozinho e seu pai ficaria furioso ao saber que o filho era amigo de uma Weasley. Porém, no dia seguinte, seus amigos insistiram e depois da aula de Feitiços, Escórpio se aproximou de Rosa, Alvo e Mary. Eles estavam quase subindo para deixar o material.

– Oi, Rosa.

– Oi, Malfoy.

 O garoto pensou em sair correndo, mas Rick, Marcel e Evelyn estavam observando-o.

– Eu só queria te dar isso. De Páscoa.

– Obrigada – ela disse, sorrindo, e ele saiu depressa.

 Mary observou o garoto se afastar. – Esquisito.

– Não come isso – disse Alvo.

– Por que? – perguntou a prima.

Ele deu de ombros. – Acho que não deveria. Tiago diz que os Malfoy não prestam.

– Você não pode se deixar levar por tudo que Tiago diz. – Rosa abriu o sapo e deu uma dentada. Ela começou a mastigar enquanto entravam no Salão. Sentiu uma ânsia de vômito. Não conseguiu controlar e curvando-se, vomitou. Os alunos perto fizeram uma careta.

Mary soltou um gritinho. Victorie acorreu a prima, que continuava vomitando. Os primos Weasley e Potter também foram até ela. Victorie já a estava conduzindo à ala hospitalar.

– Parece que ela comeu uma Vomitilha – disse Fred.

Alvo pegou o resto do sapo que estava no chão.

                                                                               🍫🐸

Rosa estava um pouco pálida, mas parara de vomitar, dez minutos depois, na ala hospitalar.

– Está melhor, querida? – perguntou a enfermeira, Ana Longbottom. A menina balançou a cabeça. – Odeio essas porcarias da Gemialidades – tartamudeou, limpando o chão com a varinha. – Descanse um pouco. Vocês podem ir.

Os primos e Mary estavam ao redor da cama de Rosa.

– Foi aquele Malfoy – disse Alvo, mostrando o resto do sapo de chocolate. Dentro havia um pedaço de um docinho laranja.

– Ai, que garoto idiota – falou Victorie, aborrecida.

Rosa não queria acreditar no que ela estava vendo e ouvindo. Por que Escórpio tinha feito aquilo? Ela pensava que eles fossem amigos.

– Eu vou acabar com aquele cara – disse Tiago, só para Alvo, quando já tinham saído da ala hospitalar e as meninas iam à frente.

– Não vai se meter em problemas – falou o irmão.

– Quem se meteu em problemas foi o Malfoy – disse Tiago.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

[Extra] Hermione descobre que é bruxa

 Olá, bruxinhos e bruxinhas! Escrevi essa one-shot e decidi compartilhar com vocês. Deixem um comentário para eu saber o que acharam.



A campainha tocou. Hermione estava na sala, lendo o livro O Segredo do Vale da Lua, pela milésima vez. A mãe pediu, da cozinha, que ela atendesse. Hermione olhou pela janela, depois de afastar a cortina. Uma mulher austera, com os cabelos presos em um coque apertado, estava parada ali. Ela usava um longo vestido escuro e usava óculos quadrados. Tinha um olhar severo, mas sorriu ao ver Hermione olhando para ela pelo vidro.

– Mãe – chamou Hermione. – É uma senhora estranha.

Elisabeth entrou na sala e foi até a janela. Ela entreabriu-a.

– Sim?

– Bom dia, sra. Granger. Meu nome é Minerva McGonagall. Gostaria de conversar com a senhora sobre sua filha, Hermione Granger.

Elisabeth olhou para filha que não sabia o que dizer. Ela não conhecia aquela senhora.

– Eu sou vice-diretora de um internato e temos uma vaga para Hermione. Garanto que será de seu interesse.

– Rich – chamou Elisabeth e o marido desceu as escadas. – Tem uma senhora dizendo ser professora, querendo falar sobre Hermione.

– Talvez seja a tutora, respondendo ao nosso anúncio.

Desconfiada, a sra. Granger abriu a porta. Minerva entrou e foi conduzida à sala. Elas sentaram-se.

– Como sabe nossos nomes?

– Bom, eu não sou de um internato comum. Eu sou professora e vice-diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

 Os Granger entreolharam-se e riram.

– Desculpa, é alguma pegadinha? – disse a sra. Granger. – Magia e Bruxaria? Isso não existe. Só nos livros. Ela indicou o livro que Hermione estava lendo.

– Existe, sra. Granger. Pode ser assustador, mas... – A profa. Minerva puxou a varinha e fez aparecer sobre a mesinha uma bandeja com um aparelho de chá e um bolo de frutas.

Hermione soltou um gritinho e Elisabeth levou as mãos à boca. O sr. Granger arregalou os olhos.

– Eu sou uma bruxa. E Hermione também é.

Elisabeth baixou as mãos. – Não chame minha filha...

– Não, sra Granger, não é algo ruim. Vou explicar. Há séculos, quando os trouxas, que são pessoas comuns, sem magia, começaram a perseguir as bruxas e bruxos, foi instituído o Estatuto do Sigilo. Todos nós deveríamos viver em segredo e esconder nossos poderes. Minha mãe era bruxa e meu pai era trouxa. Ele só soube quando eu recebi minha carta para Hogwarts.

McGonagall deu um tempo para a família absorver a informação. Hermione parecia pendurada em cada palavra.

– Hogwarts, como já disse, é uma escola. Onde nós educamos jovens bruxos, a partir dos onze anos. São sete anos nos quais os alunos aprendem a controlar sua magia e usá-la de maneira adequada.

A sra. Granger encarou os olhos da mulher. Ela parecia uma mulher séria, que não era dada a brincadeiras.

– O que a senhora ensina? – perguntou Hermione, curiosa.

– Transfiguração. – Minerva apontou a varinha para uma das xícaras, que se tornou um porquinho da índia. Hermione pegou-o, impressionada. A professora tornou a transformá-lo em xícara e a menina devolveu-a à bandeja, de boca aberta.

– Bom, aqui está sua carta. – McGonagall entregou a Hermione um envelope amarelado. Ela pegou-a e olhou o lacre com um H rodeado por quatro animais: um leão, um texugo, uma águia e uma cobra. Ela virou o verso:

Srta. Hermione Granger

8 Heathgate,

Hampstead Garden Suburb

Londres

Ela abriu, curiosa. O envelope se desdobrou.

Prezada Srta Granger

Temos o prazer de informar que V. Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Em anexo, está a lista de materiais dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1° de  Setembro. Aguardamos sua confirmação até 31 de Julho, no mais tardar.

Atenciosamente....

Os pais tinham se curvado para ler a carta junto com a filha.

– Então, existem bruxos e bruxas? Tipo Merlin? – o sr. Granger estava incrédulo.

– Sim. Merlin estudou em Hogwarts há séculos.

– Mas é só uma lenda.

– Talvez para os trouxas – disse a senhora.

– Aquelas loucuras da sua mãe – disse Richard para Elisabeth. – Ela fala que bruxas e fadas existem. E chamava Hermione de bruxinha.

– As maluquices de mamãe não podem ser levadas a sério – disse a mulher.

– Hermione nunca fez algo diferente, fora de explicação?

A família se entreolhou. Hermione tinha feito as garotas da escola voarem longe, sem nem tocar nelas. Ela conseguiu salvar o gato da vizinha sem saber como conseguiu subir na árvore e descer com o bichano. Ela flutuou na cama, certa noite, enquanto dormia, assustando sua mãe.  

– Na nossa escola, as crianças são inscritas automaticamente ao primeiro sinal de magia. Alguns, são mais cedo, outros, mais tarde.

– Mas...

A sra. Granger olhou para filha, preocupada. A menina sorriu. – Eu posso ir?

Ela olhou para o pai.

– Como você completou 11 anos agora, só poderá embarcar no próximo ano – explicou a profa. McGonagall.

– Podemos responder depois? – perguntou a sra. Granger.

– Podemos lhe enviar uma coruja. Ou podem enviar uma carta normal com o nome de Hogwarts que temos pessoal nosso nos correios.

– Por favor, pai – pediu Hermione. – Eu quero ir. Talvez lá seja o meu lugar. Onde não serei a estranha.

Elisabeth e Richard entreolharam-se.

– Como se compra o material? – perguntou Hermione a Minerva.

– Em Londres, tem um pequeno bar chamado O Caldeirão Furado. No fundo, tem a entrada para o Beco Diagonal. Lá, poderá comprar todo seu material.

– E terei uma varinha como a da senhora? – ela parecia encantada.

– Sim.  Na loja do Olivaras, poderá comprar a sua.

– E dinheiro? – perguntou o sr. Granger. – Aceitam nosso dinheiro?

– Temos o banco Gringotes, gerenciado por duendes.

O queixo dele caiu.

– Duendes? – sussurou Hermione.

– Sim. Lá, poderão trocar libras pelo nosso dinheiro. Galeões, nuques e sicles. – Minerva puxou um pergaminho de dentro do vestido, tocou com a varinha e todas as instruções apareceram ali. Ela passou a Hermione, que começou a ler, com avidez. A sra. Granger leu junto com ela.

– E, bom, é seguro? – perguntou Richard. – É seguro enviar nossa Mione pra esse lugar?

– Não tem lugar mais seguro no mundo, sr. Granger – garantiu a professora.

– Podemos ir até essa escola?

– Bom, trouxas não podem sequer ver Hogwarts. Está protegida por vários tipos de magia. É um castelo, no norte do país. Foi construído há mil anos por nossos fundadores.

– Isso é tudo muito louco – disse o sr. Granger, levantando-se. Ele passou a mão pelos cabelos. – O que vc acha, Lisa?

A mulher olhou para ele. E depois para Hermione.

– Me deixem ir, por favor – pediu ela. – Prometo que vou me comportar e estudar direito.

– Não é essa a questão, querida.

– E se não der certo, eu posso voltar, não é, professora? – ela virou-se pra Minerva.

– Sim. Claro. E todos os alunos podem voltar para casa no Natal e na Páscoa.

– Tudo bem – disse a mãe. Hermione levantou-se, animada.

– Obrigada, mãe – ela abraçou-a. – Pai?

O sr. Granger concordou. Ela abraçou-o também.

– Têm alguma dúvida?

Os três olharam para ela. Tinham milhares de perguntas. Ela meio que sorriu.

– Qualquer coisa, podem me escrever pelo correio trouxa mesmo. Sigam as instruções. Pode ser que não consigam ver logo o Caldeirão Furado, mas Hermione conseguirá. Realmente, preciso ir. Ah, e não podem contar a ninguém mais sobre a magia da Srta. Granger. Inclusive seus avós. Não é permito pelo Estatuto do Sigilo.

– Meus pais mandariam nos internar – disse o sr. Granger.

– Como posso ser bruxa se meus pais são trouxas? – perguntou a menina, quando Minerva se levantou.

– Acontece. Algum antepassado seu foi bruxo ou bruxa. Assim como pais bruxos podem ter filhos sem poderes, são os abortos. Mas acontece mais raramente que os nascidos-trouxa, como você.

Hermione pareceu extasiada. Era um assunto muito interessante. 

Minerva se despediu dos Granger e se encaminhou para porta. A sra. Granger abriu a porta para ela, que saiu. Hermione correu para janela, mas a mulher já tinha desaparecido.

domingo, 11 de maio de 2025

Ano 1 Capítulo 3 Detenções

 


Olá, bruxinhos e bruxinhas! Mais um capítulo para vocês. Comentem ou enviem uma coruja para @rosaescorpiofanfic


Detenções

A profa. Dafne Greengrass era responsável por Transfiguração. Era uma das aulas preferidas dos alunos. Ela era severa, mas também muito simpática. Tinha os cabelos loiros cortados curtos e olhos azuis. Sempre usava tailleur, diferente das outras professoras que sempre usavam vestidos longos. Na aula antes do Natal, ela estava com um tailleur verde-esmeralda e um chapéu combinando. A profa. Greengrass dividiu a turma em pares para tentarem transformar um botão em um besouro de plástico. Essa era uma das aulas entre Grifinória e Sonserina. Ela colocou Rosa e Escórpio juntos.

– Muito bem – disse a profa. Greengrass. – Deem três toques de varinha no botão e digam Scarabaeus verto.

Rosa ergueu a varinha, deu três toques no botão e disse as palavras mágicas. O botão estremeceu e ficou preto. Escórpio tentou, mas não aconteceu nada com o seu.

– Se pronuncia Scarab’eus e não Scaraba-eus – disse Rosa.

Eles tentaram mais duas vezes e tinham um besouro reluzente a sua frente.

– Olha, parabéns – disse a profa. Greengrass, sorrindo. – Cinco pontos para Grifinória e cinco para Sonserina.

A professora entregou-lhes mais dois botões e afastou-se. Rosa e Escórpio trabalharam nos novos botões e depois ficaram em silêncio.

– Ansiosa pras férias? – perguntou ele, por fim.

– Um pouco. Estou com saudade dos meus pais – ela olhou para Escórpio. – E você?

– Com saudade também.

– Qual sua matéria preferida? – perguntou a menina.

– Talvez eu devesse dizer que é Transfiguração. A professora é minha tia.

– É? Legal. Eu tenho várias tias e tios. É uma família bem grande, você deve saber. E a sua?

– Ah, não. Meu pai não tem irmãos e minha mãe só tem a tia Dafne, que não tem filhos.

– Mas o importante é o quanto você se amam. É o que minha mãe diz. Ela também não tem irmãos.

– Seus avós são trouxas né? – perguntou Escórpio e Rosa avaliou-o por alguns segundos.

– Vocês se importam muito com isso, né? Os Malfoy.

– Não, desculpa, eu... – Escórpio ficou vermelho e se arrependeu da pergunta.

– Sim – Rosa empertigou-se na cadeira. – Vô Rich e vó Elisa são trouxas. Sua família deve ser o que chamam de sangue-puro, né? – ela lançou ao garoto um olhar que esperava que fosse de desprezo. – Eu percebi que é amigo do Pucey e que ele parece concordar com aquele grupo Supremacia Sonserina.

O sinal tocou e todos começaram a arrumar as coisas para sair. Escórpio abriu a boca para responder, mas Rosa já tinha saído.

 

De volta das férias de Natal, Rosa e Escórpio não se falaram mais, apesar de terem aulas juntos. Rosa estava tendo que enfrentar o mau humor da profa. Edgecombe, de Defesa contra as Artes das Trevas. Ela parecia odiar a garota e sempre a chamava para responder às perguntas.

– Como sempre suas respostas são meras decorações – disse a professora, fuzilando Rosa com os olhos.

– Se a senhora não quer ouvir a resposta dela, por que não pergunta a outra pessoa? – perguntou Escórpio e todos olharam para ele.

A profa. Edgecombe deslizou rápido até a carteira do garoto e curvou-se para ele. O menino pôde ver claramente as manchinhas sob a maquiagem no rosto dela.

– O que disse, sr. Malfoy? – perguntou ela, entredentes.

– O que a senhora ouviu – Escórpio sustentou o olhar incisivo dela. Evelyn, ao lado dele, gemeu.

– Uma semana de detenção pela afronta e vinte pontos a menos para Sonserina.

– Isso é injusto – reclamou Rosa.

– Detenção também, srta. Weasley. E trinta pontos a menos para Grifinória.

Rosa ficou vermelha.

Quando ela desceu para o jantar, àquela noite, viu Escórpio com Vicente Goyle, atravessando o Saguão de Entrada.

– Escórpio – Rosa chamou-o e Vicente olhou para ela, curioso. – Ahn, valeu por me defender da profa. Marieta.

– Ah, não foi nada – o garoto sorriu. A garota saiu para o Salão.

– Por que fala com ela? – perguntou Vicente, enquanto caminhavam para mesa da Sonserina. – Papai me disse para não me misturar com esses Weasley. Sabia que a mãe dela é trouxa? – Eles sentaram-se ao lado de um monitor, Glen Bletchley.

– A mãe dela é bruxa, os avós que não são. Mas o que tem isso? – perguntou Escórpio. – Somos melhores que os nascidos-trouxas?

– Somos – disse Bletchley, entrando na conversa, enquanto colocava empadão no prato. – Não se deixe levar pelo discurso de igualdade, Malfoy. Os nascidos-trouxas querem nos dominar para que os trouxas possam nos descobrir e usurpar a nossa magia.

– Isso não faz sentido – disse Escórpio, franzindo o cenho.

– Continue pensando assim. Enquanto isso eles controlam sua mente – e enfiou um monte de empadão na boca.

 

Na noite seguinte, começou a detenção de Rosa e Escórpio. Eles foram para sala da profa. Edgecombe, nas masmorras, e bateram na porta.

– Entrem – disse ela.

– Ah, o Sr. e a Sra Petulância. Sentem-se. Peguem pergaminho e pena – a professora apontou a varinha para lousa e a frase Não devo ser petulante nem responder com maus modos apareceu. – Escrevam. – Ela sentou-se a sua mesa, pegou um pergaminho, de um pilha, e começou a corrigir.

Rosa e Escórpio entreolharam-se e começaram a escrever.

Às vinte e duas horas, a professora liberou-os.  

 – Ai, meu pulso está doendo – falou Rosa, massageando-o, quando saíram da sala.

 – Por isso o pessoal chama ela de Medusa – disse Escórpio, enquanto caminhavam pelo corredor. Pirraça estava flutuando ali e estreitou os olhinhos.

– Aluninhos fora do dormitório.

– A gente 'tava de detenção – disse Rosa.

– Não ligo – ele estirou a língua. – BETZAIDAAA!!! – gritou. Rosa e Escórpio saíram correndo. 

 

Depois da semana de detenções, Escórpio e Rosa começaram o que poderia se chamar de amizade. Eles sorriam um para o outro e se cumprimentavam quando se encontravam nos corredores. Eles faziam dupla nas aulas compartilhadas e às vezes estudavam juntos na biblioteca.

– Rosa – disse Nikolai, quando a garota estava procurando um livro para a redação de Herbologia.

– Oi, Niko – disse ela, ao levantar os olhos do livro.

– Quero falar uma coisa com você, sobre o Malfoy.

Rosa suspirou. Tiago já dissera a ela para não ser amiga de Escórpio.

– O quê?

– Não acho que deveria andar com ele. Sabe a fama que a família dele tem.

– Eu sei. Mas ele tem sido legal.

– Eu o vejo na Sala Comunal com aquele grupinho dele e eles parecem não gostar de você. Só cuidado, tá bom?

Rosa balançou a cabeça.

– Precisa de ajuda com esse trabalho? – ele mudou de assunto.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Ano 1 Capítulo 2 Poções e Supremacia Sonserina

 Lumus! Oi, bruxinhos e bruxinhas! Mais um capítulo para vocês. Comentem sobre o que estão achando da história ou enviem uma coruja para @rosaescorpiofanfic no insta e Threads.



Poções e Supremacia Sonserina

 –  Oi, Rô –  disse alguém e a menina se virou. Era Nikolai Krum. –  E aí, Al? Ele deu um toque de mão com o outro. –  Mary. 

 Oi, Niko –  disse Rosa, sorrindo. 

 Todos na Grifinória, então. Uma pena. Queria que a gente ficasse junto. Mas se precisarem de ajuda, só falar. 

Os outros agradeceram e ele saiu.

 –  Ele é bem simpático, né? –  disse Mary. 

 É disse Rosa– Vamos ou chegaremos atrasados em Poções. 

Os três subiram apressados para sala da profa. Madley. Alguns alunos já tinham chegado. Dividiriam a aula com os colegas da Sonserina.

 Vamos, acomodem-se –  disse a profa. Laura, na frente da sala.  Silêncio, por favor. –  Todos aquietaram-se.  É, todos os anos é a mesma coisa. Um monte de rostinhos assustados. Mas não se preocupem. Poções não é tão difícil quanto parece. É questão de paciência e dedicação...  Abram o nosso livro, Bebidas e poções mágicas. Quem já deu uma olhada ou leu?

Apenas Rosa levantou a mão. 

 Muito bem. No capítulo um, há uma poção simples para curar furúnculos. Vamos ver o que conseguem fazer. 

A professora dividiu os alunos, colocando dois alunos da Sonserina e dois da Grifinória à mesma mesa. Escórpio e Evelyn ficaram com Rosa e Alvo. Eles trabalharam em silêncio, recebendo as orientações da professora. Escórpio estava indo bem e já ia despejar as cerdas de porco-espinho no caldeirão quando Rosa disse: 

 Não, Malfoy! – O garoto se assustou e quase derrubou o frasco.  Não coloque os espinhos agora. Olha as instruções.

 Escórpio olhou o livro. Ela tinha razão –  deveria tirar o caldeirão do fogo, primeiro. – Valeu  disse ele, olhando para ela. 

Ao final da aula, a professora passou de mesa em mesa para observar as poções. Parabenizou Rosa, Escórpio e Alvo, pelas deles, e concedeu-lhes pontos.

Com o passar das semanas, os primeiranistas foram acostumando-se com as aulas, os professores e ficando menos ansiosos. Perceberam que os fantasmas eram amigos(exceto Pirraça, o poltergeist, que evitavam, sempre que podiam) e que a zeladora, Betzaida Briston, não deveria ser aborrecida em hipótese alguma. Rosa dividia o dormitório com Mary, Ciola Thomas, Ania Coote e Serena Finnigan, que ela já conhecia antes de Hogwarts por serem filhas de ex-colegas de seus pais e seu tio Harry. 

 Ei, menina  disse uma voz conhecida e Rosa virou-se para ver a brilhante Victorie, caminhando até ela, na hora do almoço, no dia das bruxas.  Como está, Rô? 

 Tô bem. 

 Estou tão louca com esses N.I.E.M.s que nem tenho tempo de dar muita atenção a vocês.  Elas sentaram-se à mesa da Grifinória.  Olha, aproveite esses primeiros anos. A partir do quinto, você para de viver  Victorie fechou os olhos e respirou fundo. – Tem rugas perto dos meus olhos? 

– Não  Rosa sorriu.  Você está sempre linda, Vic. 

 E você sempre gentil. 

Nikolai apareceu, naquele instante, e cumprimentou Rosa. 

 Posso sentar aqui com vocês? 

 Claro  disse Rosa. 

 Aqueles caras da Sonserina são uns idiotas  disse o garoto, sentando-se. – Sou colega do Pucey, mas não o suporto. 

 O que ele fez?  perguntou Victorie, olhando para a outra mesa. 

 Com aquela conversa sobre sangue-puro e aquele grupo, a Supremacia Sonserina. 

 Supremacia Sonserina?  perguntou Rosa.

 Saiu no Profeta Diário  disse Vic.  Eles andam fazendo arruaças em ruas de trouxas, fazendo pegadinhas. Mas o Ministério está preocupado que isso evolua. 

 Tipo os Comensais da Morte?  perguntou Alvo, sentado em frente à Rosa.

 Por enquanto não têm tanto poder, mas é melhor que sejam detidos, no começo. 

 O difícil é pegá-los  disse Nikolai, sombrio. – Meu pai disse que até agora eles fazem as troças, roubam e deixam os trouxas aterrorizados. Até a polícia, é assim que chama, né, tem percebido algo estranho. 

Eles olharam para mesa da Sonserina. Rosa viu o garoto Malfoy conversando com Pucey. Os olhares deles se encontraram. Ele sorriu para ela, mas Rosa continuou séria. 


💚♥️💛💙

Se puder deixar um comentário, eu agradeço muito! Até o próximo. Nox! 

[Extra] O arraiá da Castelobruxo

   Olá, bruxinhos e bruxinhas! Resolvi imaginar como seria uma festa junina na nossa escola mágica. Espero que gostem!   O arraiá da Cas...