Olá, bruxinhos e bruxinhas! Aqui está mais um capítulo da fanfic. Espero que gostem. Na sexta, sai o último capítulo do Ano 1.
Capítulo 5
Lesmas e Furúnculos
Nikolai ficou
muito aborrecido ao saber da brincadeira de Escórpio com Rosa. Ele estava indo
para os dormitórios, quando encontrou
Tiago subindo as escadas.
Tiago estava
tentando rastrear Escórpio sozinho, mas ele estava na aula, até
o final da tarde. Todos estavam nos jardins ou nas Salas Comunais – o corredor
estava deserto quando Tiago viu, pelo Mapa do Maroto, Escórpio saindo da
biblioteca. Ele estava indo para lá quando Nikolai o acompanhou.
– Potter.
– E aí, Krum? –
disse ele, olhando para o Mapa. – Tô ocupado.
– Tô atrás do
Malfoy – adiantou Nikolai.
– Também.
– Ei, Malfoy –
chamou Tiago e Escórpio virou-se.
– Que foi?
– Que foi?
Você achou engraçado a brincadeira com minha prima? – perguntou Tiago,
apontando a varinha para o garoto. Escórpio recuou.
– Desculpa, cara.
Eu não queria...
Nikolai também
puxou a varinha. – Ah, eu também não queria, mas vou ter que azarar você.
– Briga, briga –
gritou Pirraça, aparecendo ali. – Uh! Dois contra um! Pottinho e Krum vão
acabar com Malfoyzinho.
Escórpio puxou a
varinha também. (– É AGORA! – gritou Pirraça.)
– Exper...
– Slugulus
Eructo! Furnunculus! – gritaram Tiago e Nikolai, ao mesmo tempo. Escórpio
levou as mãos ao rosto enquanto Pirraça gargalhava.
– POTTER e KRUM –
gritou a profa. Greengrass, entrando no corredor. Ela correu para Escórpio –
ele estava vomitando lesmas no chão, enquanto bolotas de pus cobriam todo seu
rosto. – Cinquenta pontos a menos para Grifinória e para Sonserina. Vamos,
Escórpio. Os dois para sala do prof. Longbottom – disse ela e saiu com
Escórpio, deixando um rastro de lesmas.
Os dois
entreolharam-se. Tiago sabia que estava em uma baita encrenca. O prof.
Longbottom era amigo dos seus pais e a profa. Greengrass, além de diretora da
Sonserina era tia de Escórpio – iria defendê-lo. Porém, dessa vez, ele tinha
uma justificativa. Nikolai nunca se metera em confusão antes e sabia que seu
pai ficaria muito aborrecido. Os garotos caminharam, arrastando os pés, até a
sala do diretor da Grifinória. Tiago já estivera ali muitas vezes, embora as
aulas do prof. Longbottom fossem nas estufas, geralmente. Havia vários desenhos
de plantas nas paredes e uma Mimbletonia estava sobre a mesa do professor. Um
quadro que sempre chamara a atenção dos meninos era de uma panóplia de embrulhos
de chicles baba e bola, colados como um mosaico em formato de coração, com uma
moldura dourada. O professor levantou o olhar, parando a pena.
– Potter, que fez
dessa vez? – disse o professor de rosto redondo, indulgente. – Krum, é novidade.
– Azaramos o
Malfoy – disse Tiago.
– Por quê?
– Porque ele fez
uma brincadeira com a Rosa – respondeu Nikolai.
Neville levantou
as sobrancelhas. Houve uma batida na porta e a profa. Greengrass entrou.
– Muito bem, sr.
Potter e sr. Krum, podem explicar por que atacaram o sr. Malfoy? – perguntou,
incisiva.
– Ao que parece, por
vingança – disse o professor Longbottom e a colega olhou para ele. – O sr.
Malfoy fez uma brincadeira com a Rosa.
– Que tipo de
brincadeira? – perguntou ela, cruzando os braços.
– Ele colocou uma
Vomitilha no sapo de chocolate que deu a ela – disse Tiago.
– Não acredito –
falou Dafne.
– Ela vai
defender ele porque é tia dele – disse Tiago, com raiva. (– Tiago – repreendeu
o professor.)
– Nunca favoreci
o Escórpio por ser meu sobrinho, sr. Potter – disse, indignada. – Se continuar
falando assim, tirarei mais cinquenta pontos da Grifinória.
– Dafne, por
favor – disse Neville, levantando-se. Em pé, ele era bem grande e forte. –
Teremos que falar com o sr. Malfoy e esclarecer tudo.
Escórpio, ainda se curando dos furúnculos, que iam sumindo aos poucos, estava na ala
hospitalar, no dia seguinte, quando Dafne apareceu, com Astoria. Ele parara de
vomitar lesmas.
– Como está,
querido? – perguntou a mãe, preocupada. – Meu bebê, com essas marcas horríveis.
– Logo vão
desaparecer – disse Madame Longbottom.
– Eles foram até
a sala do diretor Flitwick, no fim da escada em espiral, atrás da porta com
maçaneta de águia. O pai de Escórpio estava lá, com um casal em que o menino
reconheceu Harry e Gina Potter. Além de um homem forte, de sobrancelhas grossas
e nariz adunco, Vitor Krum. Tiago e Nikolai estavam ao lado dos pais.
– Ok – disse o diretor, com sua voz esganiçada.
– É lamentável termos que fazer isso, mas tínhamos que chamar os senhores.
– Sentimos muito
por mais essa que o Tiago apronta – falou Gina e olhou feio para o filho.
– Sentem muito? –
disse Draco. – E o que dizem sobre o meu filho? Atacado pelo monstrinho de vocês.
– Ei – disse
Harry, encarando-o. – Não chame meu filho de monstrinho.
– Senhores –
interveio o diretor. – O que aconteceu é que o sr. Malfoy fez uma brincadeira
com a Rosa Weasley e os senhores aqui acharam-se no direito de se vingar.
– Igualzinho ao
pai – disse Draco, olhando com desprezo para Harry.
– Lamento muito
pelo comportamento de Nikolai – disse Vitor. – Como Rosa está?
– Bem – falou
Neville. – Teve um acesso de vômito por causa de uma Vomitilha.
– Ah – disse
Draco. – Gemialidades Weasley. Poderia ter sido qualquer um, até um dos primos.
– Estava no sapo
de chocolate que ele deu a Rosa – disse Tiago, apontando para Escórpio.
– Filho – disse
Astoria, curvando-se para ficar cara a cara com Escórpio. – Você fez isso?
Colocou a Vomitilha no doce que deu à garota? – O menino ficou quieto e evitou
o olhar da mãe. – Responde, Escórpio Hyperion.
– Coloquei –
disse ele, baixinho.
– Por quê? –
tornou a mãe.
– Foi uma
brincadeira.
– Fez isso
sozinho? – interveio Dafne. Escórpio olhou para tia e depois para mãe. Ele viu,
nos olhos delas, que elas sabiam que não faria aquilo sozinho. Balançou a
cabeça, afirmativamente.
– Provavelmente
uma pegadinha de primeiro de abril atrasada – disse Draco.
– Não toleramos
esse tipo de coisa aqui – disse o diretor. – Principalmente se houver algo de
maldade por trás, sr. Malfoy.
– O que quer
dizer com isso? – perguntou ele.
– Alguns alunos
da Sonserina ainda suscitam ideais arcaicos e preconceituosos, na escola, por
mais que tentamos detê-los, sr. Malfoy. Aí fora, também, temos visto novas
manifestações de velhos comportamentos, pela tal Supremacia Sonserina.
– Somos
totalmente contra tais comportamentos, professor – disse Astoria, encarando-o,
segurando os ombros do filhos. – Escórpio será devidamente castigado em casa.
Vai pedir desculpas a Rosa. Não é, Escórpio?
– Sim, senhora.
– Peça desculpas
ao Escórpio, Tiago – disse Gina.
– Mas, mãe...
– Agora, Tiago
Sirius. Um erro não anula o outro.
– Desculpa –
disse o menino, sem olhar para o colega.
– Nikolai, também
– disse Vítor, cutucando o filho.
– Desculpa.
– Pronto, acabou?
– perguntou Draco, entediado.
– Os três
receberão detenções – disse Flitwick.
Já no corredor, embaixo, a família Malfoy saiu
com Dafne.
– É uma pena nos
encontrarmos assim, Harry – disse Vítor.
– Vamos marcar um
jantar lá em casa – disse Gina. – Enviarei uma coruja a Rayna. Podemos chamar
Rony e Hermione também.
– Ah, sim. Será
ótimo. Bom, darei uma palavrinha com Niko, antes de ir. – Pai e filho se
afastaram.
– Não sei o que
eu faço com você, Tiago Sirius – disse Gina, com os olhos faiscando para o
filho, segurando a orelha dele. Tiago fez uma careta. – Mais uma detenção. Deveria
dar exemplo a seu irmão.
– Gina – disse
Harry, segurando a mão da mulher. – Desse jeito o menino vai ficar igual o
Jorge.
– Você é
indulgente, Harry Tiago, porque é o filho do Malfoy. – Ela fuzilou-o com o
olhar.
– Tiago – disse
Harry, com as mãos nos ombros do filho e olhando-o nos olhos. – Foi isso que
lhe ensinamos? Usar a varinha sempre, sem conversar primeiro? Para vingança?
– Não, pai.
– Então... Quando
tiver algum problema, vá ao Neville, ao Hagrid, ao diretor. Eles vão resolver, sem
mandar ninguém para ala hospitalar.
– Aí não teria
graça – resmungou Tiago.
– Acha engraçado
ficar cheio de furúnculos, vomitando lesmas? – Harry puxou a varinha. – Posso
fazer você rir agora.
Tiago recuou. – Não.
– Foi o que
pensei – disse Harry, guardando a varinha. – Quando for fazer algo com alguém,
pense se gostaria que alguém fizesse com você. Agora vai, está perdendo aula.
Tiago deu um
abraço rápido na mãe e saiu correndo. Harry olhou para Gina e ela sorriu. Ele
passou o braço pelos ombros dela e deu-lhe um beijo na bochecha. Os dois saíram.