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Capítulo 4
A verdade
Raramente, Escórpio
ia ao escritório do pai, que ficava no terceiro andar. Quando era criança ele
gostava de ficar lá, observando enquanto seu pai estudava e fazia experimentos,
mas à medida que crescia, preferia aproveitar os jardins e quando seus amigos
vinham brincar era melhor ainda. Sem falar que sua mãe lhe ocupava boa parte do
dia com lições de casa, aulas de piano, desenho e boas maneiras.
O menino subiu as
escadas e bateu na grande porta de madeira de duas folhas. Ele ouviu “Entre” e girou
a maçaneta prateada. Era uma sala circular, com várias estantes de livros, uma grande escrivaninha de mogno e uma lareira apagada onde havia um caldeirão. Havia mapas e símbolos
complicados pregados nas paredes. A pintura de um bruxo magro, de cabelos
brancos, cochilava em um quadro de moldura dourada, na parede, defronte à
escrivaninha – Escórpio sabia que era Nicolau Flamel. Também havia uma foto de
Escórpio e os pais, pouco menor, sentados no jardim da Mansão, em outro quadro.
Eles sorriam e acenavam.
Draco estava
debruçado sobre um grande livro encadernado em couro de dragão. Levantou a
cabeça para olhar o filho.
– Oi, Escórpio.
Como foi no Beco? Comprou tudo?
– Sim.
– Vai fazer teste
para o time esse ano?
– Acho que sim.
– Ótimo. Se
entrar, te darei a Nimbus 3000.
– Valeu, pai.
Draco prescrutou o filho. – Que houve?
– Pai, eu
encontrei Ted Lupin, no Beco Diagonal.
Draco ficou
impassível.
– Por que não me
disse que tenho um primo e uma tia por parte de minha vó?
– Porque tem
muito tempo que elas não se falam. Nem eu nunca tive contato com esse menino.
– Quem são os
pais dele?
– Por que quer
saber sobre isso?
– Porque também
são minha família.
– Olha, Escórpio,
você é pequeno demais para entender certas coisas.
– Entender que vocês
renegaram Andrômeda por ela ter casado com um nascido-trouxa?
Astoria entrou na
sala.
– O que você
disse a ele? – Draco questionou-a.
– Ele me
perguntou. Eu não ia mentir.
– Então, pra
vocês ainda é importante essa coisa de sangue-puro, né? – tornou Escórpio ao
pai
– É maior que
isso.
– Vocês foram
Comensais da Morte, lutaram por isso e continuam negando parte da família! -
Escórpio percebeu que estava gritando. Draco levantou-se e contornou a mesa.
– Olha como fala
comigo, garoto!
Astoria se
colocou ao lado do filho.
– Você mentiu pra
mim!
– O que queria
que eu dissesse? O que queria que eu contasse a uma criança?
– A verdade!
Então
Draco também estava gritando: – Você quer saber quem são os pais do Ted?
Ninfadora Tonks e Remus Lupin. Eles foram mortos na guerra pelos Comensais. (–
Draco – disse Astoria, em tom conciliador.) Ninfadora era sua prima, filha de
sua tia-avó. E Belatriz a matou.
Draco estava
vermelho e Escórpio, pálido. Escórpio fitou o pai, perplexo. Então, saiu
correndo do escritório. Astoria olhou para o marido.
– Não precisava
ter falado assim com ele.
– Ele queria a
verdade. Aí está.

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