Olá, bruxinhos e bruxinhas! Mais um capítulo. Espero que gostem! Se puderem, compartilhem com um amigo que possa gostar dessa história também.
Capítulo 6
Ação e reação
Rosa e Escórpio encontraram-se no corredor enquanto buscavam uma cabine.
– Oi – disse ela, sorrindo. – Como foram as férias?
– Oi – disse ele e deu de ombros. – Normal.
– Quem é o cabeça de trasgo que tá embaçando a passagem? – gritou
Tiago, no corredor cheio de gente. Escórpio e Rosa coraram e continuaram seus caminhos.
Rosa estava em uma cabine com Alvo e Mary. Ali pela hora em que o carrinho de doces passou, Nikolai apareceu com a irmã, Melina.
– Ei, pessoal – disse o menino. – Sentimos falta de vocês na Copa.
– Minha mãe não pôde ir. Coisas do trabalho – disse Rosa.
– Soube da sua mãe ser candidata a Ministra – disse Melina. – Meu pai vai declarar apoio publicamente. Ele acredita que ela ganhará com certeza.
– Todos estão confiantes.
– Uma nascida-trouxa em um dos cargos mais importantes da Magia – completou Nikolai, sorrindo. – Será um grande feito.
– Com certeza.
– Gostaria de poder votar. Mas papai e mamãe farão isso – disse Mary.
– Soube que o pai do
Malfoy pode ser candidato pela oposição – sussurrou Nikolai, como se fosse um segredo.
– Não tem a menor chance – disse Alvo. – Apesar de que o apoio à Supremacia Sonserina está crescendo, infelizmente.
– Sim. Uns idiotas, mas perigosos – confirmou o colega.
🦉
A primeira aula, na manhã seguinte, foi de História da Magia, com o
prof. Binns. Todos ainda estavam agitados com o fim das férias, mas bastaram dez minutos do discurso do professor para os estudantes entrarem em um torpor e quase caírem da cadeira.
Rosa, Alvo, Mary e Escórpio pareciam ser os únicos a prestar atenção. Rosa anotava todas as datas que o prof. Binns falava e mal levantava os olhos.
Um
origami de coruja sobrevoou as cabeças dos alunos e caiu na frente de Rosa, que se assustou. Ela pegou-o e leu as palavras apertadas na asa: SANGUE-RUIM. A garota amassou o papel e olhou para trás.
Rick Flint e Evelyn Pucey estavam rindo.
– Não liga pr'aqueles idiotas – falou Mary, baixinho.
– Eu não ligo. – Rosa amassou o papel e voltou a escrever.
Quando a aula terminou, Escórpio saiu da sala e interceptou Flint, com a varinha na mão.
– Para de importunar a Rosa, Flint – disse ele, com raiva. – O que ela fez pra você, cara?
– Sei lá – disse Rick, fingindo pensar. – Só... não gosto do cheiro, sabe.
Rick e Evelyn riram. Mas Escórpio desferiu um soco no colega que o lançou no chão.
Escórpio acompanhou a professora de Feitiços, mas ainda olhou com raiva para Rick. Afinal, a profa. Greengrass lhe deu detenção por bater em um colega, mas lhe devolveu dois pontos por defender alguém contra um preconceituoso.
– Um erro não anula outro, Escórpio. Aprenda se controlar.
Escórpio encontrou Rosa a caminho do Salão para o almoço. Ela perguntou o que tinha acontecido e que todos estavam comentando que ele bateu em Flint.
– Agora estou de detenção na sexta e no sábado. Mas o Flint também está.
– Não precisava me defender.
– Precisava sim.
Ela meio que sorriu.
– Você foi à Copa?
– Não. Fiquei de castigo. – Rosa parou e olhou para ele. – Por causa do sapo de chocolate e tudo mais.
– Ai, só se mete em confusão.
Eles chegaram à mesa da Grifinória.
– Não posso me sentar aqui.
– Por que não? Tem algo no regulamento? Senta – ela indicou o banco ao lado dela. Escórpio sentou-se.
Tiago aproximou-se, aborrecido com alguma coisa, acompanhado por Fred.
– Que aconteceu? – perguntou Rosa, quando ele se jogou ao lado de Alvo.
– A Corner não... – começou Fred, mas Tiago viu Escórpio.
– O que tá fazendo aqui? Evapora!
– Tiago – recriminou Rosa.
– Por que é amiga desse Malfoy?
– É melhor eu ir – disse Escórpio, fazendo menção de se levantar.
– Não – disse Rosa, segurando o braço dele. – Tiago é um metido que fica querendo mandar em mim.
As pessoas ao redor já estavam olhando.
– Tio Rony pediu pra cuidar de você. Ele não gosta desse menino. Ele é um Malfoy. Eles são maus.
Escórpio levantou-se e saiu. Rosa foi atrás dele. Ela atravessou o Saguão e o encontrou no corredor de pedra que levava às masmorras.
– Espera.
Rosa passou a frente dele, mas Escórpio abaixou a cabeça e virou de costas, passando a mão no rosto. Ela passou à frente dele.
– Você tá chorando?
– Claro que não – ele tornou a virar de costas para ela.
– Não tem problema nenhum você chorar – ela passou a mão na bochecha dele. – Não liga pro Tiago.
– Acha mesmo que minha família é mau? – perguntou ele, olhando para os pés.
– Eu não conheço sua família, além do que já ouvi falar. Mas você é legal e isso que conta – ela deu um tapinha no braço dele. Escórpio olhou para Rosa e ela sorriu.
– Valeu, Rô.
– A gente se vê na aula de Defesa, então – disse ela e voltou pelo corredor, para o Saguão, enquanto Escórpio pensava sobre o que a menina dissera.
***
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