Olá, bruxinhos e bruxinhas! Mais um capítulo para vocês. Comentem ou enviem uma coruja para @rosaescorpiofanfic
Detenções
A profa. Dafne
Greengrass era responsável por Transfiguração. Era uma das aulas preferidas dos
alunos. Ela era severa, mas também muito simpática. Tinha os cabelos loiros
cortados curtos e olhos azuis. Sempre usava tailleur, diferente das outras
professoras que sempre usavam vestidos longos. Na aula antes do Natal, ela
estava com um tailleur verde-esmeralda e um chapéu combinando. A profa.
Greengrass dividiu a turma em pares para tentarem transformar um botão em um
besouro de plástico. Essa era uma das aulas entre Grifinória e Sonserina. Ela
colocou Rosa e Escórpio juntos.
– Muito bem – disse
a profa. Greengrass. – Deem três toques de varinha no botão e digam Scarabaeus verto.
Rosa ergueu a varinha,
deu três toques no botão e disse as palavras mágicas. O botão estremeceu e
ficou preto. Escórpio tentou, mas não aconteceu nada com o seu.
– Se pronuncia Scarab’eus
e não Scaraba-eus – disse Rosa.
Eles tentaram
mais duas vezes e tinham um besouro reluzente a sua frente.
– Olha, parabéns
– disse a profa. Greengrass, sorrindo. – Cinco pontos para Grifinória e cinco
para Sonserina.
A professora
entregou-lhes mais dois botões e afastou-se. Rosa e Escórpio trabalharam nos
novos botões e depois ficaram em silêncio.
– Ansiosa pras
férias? – perguntou ele, por fim.
– Um pouco. Estou
com saudade dos meus pais – ela olhou para Escórpio. – E você?
– Com saudade
também.
– Qual sua matéria
preferida? – perguntou a menina.
– Talvez eu devesse
dizer que é Transfiguração. A professora é minha tia.
– É? Legal. Eu
tenho várias tias e tios. É uma família bem grande, você deve saber. E a sua?
– Ah, não. Meu
pai não tem irmãos e minha mãe só tem a tia Dafne, que não tem filhos.
– Mas o
importante é o quanto você se amam. É o que minha mãe diz. Ela também não tem
irmãos.
– Seus avós são
trouxas né? – perguntou Escórpio e Rosa avaliou-o por alguns segundos.
– Vocês se
importam muito com isso, né? Os Malfoy.
– Não, desculpa,
eu... – Escórpio ficou vermelho e se arrependeu da pergunta.
– Sim – Rosa
empertigou-se na cadeira. – Vô Rich e vó Elisa são trouxas. Sua família deve ser
o que chamam de sangue-puro, né? – ela lançou ao garoto um olhar que esperava
que fosse de desprezo. – Eu percebi que é amigo do Pucey e que ele parece
concordar com aquele grupo Supremacia Sonserina.
O sinal tocou e todos
começaram a arrumar as coisas para sair. Escórpio abriu a boca para responder,
mas Rosa já tinha saído.
De volta das
férias de Natal, Rosa e Escórpio não se falaram mais, apesar de terem aulas
juntos. Rosa estava tendo que enfrentar o mau humor da profa. Edgecombe, de
Defesa contra as Artes das Trevas. Ela parecia odiar a garota e sempre a chamava para responder às perguntas.
– Como sempre
suas respostas são meras decorações – disse a professora, fuzilando Rosa com os
olhos.
– Se a senhora não
quer ouvir a resposta dela, por que não pergunta a outra pessoa? – perguntou
Escórpio e todos olharam para ele.
A profa. Edgecombe
deslizou rápido até a carteira do garoto e curvou-se para ele. O menino pôde ver
claramente as manchinhas sob a maquiagem no rosto dela.
– O que disse,
sr. Malfoy? – perguntou ela, entredentes.
– O que a senhora
ouviu – Escórpio sustentou o olhar incisivo dela. Evelyn, ao lado dele, gemeu.
– Uma semana de
detenção pela afronta e vinte pontos a menos para Sonserina.
– Isso é injusto
– reclamou Rosa.
– Detenção
também, srta. Weasley. E trinta pontos a menos para Grifinória.
Rosa ficou
vermelha.
Quando ela desceu
para o jantar, àquela noite, viu Escórpio com Vicente Goyle, atravessando o
Saguão de Entrada.
– Escórpio – Rosa
chamou-o e Vicente olhou para ela, curioso. – Ahn, valeu por me defender da profa.
Marieta.
– Ah, não foi
nada – o garoto sorriu. A garota saiu para o Salão.
– Por que fala
com ela? – perguntou Vicente, enquanto caminhavam para mesa da Sonserina. – Papai
me disse para não me misturar com esses Weasley. Sabia que a mãe dela é trouxa?
– Eles sentaram-se ao lado de um monitor, Glen Bletchley.
– A mãe dela é
bruxa, os avós que não são. Mas o que tem isso? – perguntou Escórpio. – Somos melhores
que os nascidos-trouxas?
– Somos – disse Bletchley,
entrando na conversa, enquanto colocava empadão no prato. – Não se deixe levar
pelo discurso de igualdade, Malfoy. Os nascidos-trouxas querem nos dominar para
que os trouxas possam nos descobrir e usurpar a nossa magia.
– Isso não faz
sentido – disse Escórpio, franzindo o cenho.
– Continue
pensando assim. Enquanto isso eles controlam sua mente – e enfiou um monte de
empadão na boca.
Na noite
seguinte, começou a detenção de Rosa e Escórpio. Eles foram para sala da profa.
Edgecombe, nas masmorras, e bateram na porta.
– Entrem – disse
ela.
– Ah, o Sr. e a
Sra Petulância. Sentem-se. Peguem pergaminho e pena – a professora apontou a
varinha para lousa e a frase Não devo ser petulante nem responder com maus
modos apareceu. – Escrevam. – Ela sentou-se a sua mesa, pegou um pergaminho, de
um pilha, e começou a corrigir.
Rosa e Escórpio
entreolharam-se e começaram a escrever.
Às vinte e duas
horas, a professora liberou-os.
– Ai, meu pulso
está doendo – falou Rosa, massageando-o, quando saíram da sala.
– Por isso o
pessoal chama ela de Medusa – disse Escórpio, enquanto caminhavam pelo corredor.
Pirraça estava flutuando ali e estreitou os olhinhos.
– Aluninhos fora do
dormitório.
– A gente 'tava de
detenção – disse Rosa.
– Não ligo – ele estirou a língua. – BETZAIDAAA!!! – gritou. Rosa e Escórpio saíram correndo.
Depois da semana
de detenções, Escórpio e Rosa começaram o que poderia se chamar de amizade.
Eles sorriam um para o outro e se cumprimentavam quando se encontravam nos
corredores. Eles faziam dupla nas aulas compartilhadas e às vezes estudavam
juntos na biblioteca.
– Rosa – disse
Nikolai, quando a garota estava procurando um livro para a redação de
Herbologia.
– Oi, Niko –
disse ela, ao levantar os olhos do livro.
– Quero falar uma
coisa com você, sobre o Malfoy.
Rosa suspirou.
Tiago já dissera a ela para não ser amiga de Escórpio.
– O quê?
– Não acho que
deveria andar com ele. Sabe a fama que a família dele tem.
– Eu sei. Mas ele
tem sido legal.
– Eu o vejo na
Sala Comunal com aquele grupinho dele e eles parecem não gostar de você. Só
cuidado, tá bom?
Rosa balançou a
cabeça.
– Precisa de
ajuda com esse trabalho? – ele mudou de assunto.
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