Feliz dia das bruxas! Mais um capítulo para vocês. Espero que gostem porque esse me deu especial trabalho já que mudei um pouco o texto original e não estava achando bom.
Capítulo 8
Vaga comprada
Outubro transitou
para Novembro e a primeira partida de quadribol aconteceu no segundo fim de
semana do mês. Sonserina versus Lufa-lufa. A Casa do texugo também tinha um
novo apanhador, Bruno Finch-Fletchey.
“Sonserina de
posse da goles”, narrou Fred Weasley, com a voz amplificada pelo feitiço
Sonorus, “passa por Whitby e... marca. Dez a zero para Sonserina! Lufa-lufa de
posse da goles agora. Maldonado tenta marcar, mas Higgs bloqueia. E Sonserina
marca de novo... Vinte a zero!”
Depois disso, Lufa-lufa
marcou duas vezes e empatou. Sonserina passou à frente, com cinquenta a vinte.
“Higgs bloqueando
todas as tentativas da Lufa-lufa de marcar”, berrou Fred. “Olha o que o
Montague fez! Marginal! Delinquente!”, Fred pulou para longe do alcance do
prof. Longbottom.
Escórpio viu quando
Montague arremessou um balaço na direção de Macmillan, goleiro da Lufa-lufa,
que caiu da vassoura. A profa. McBoon levitou-o até o chão.
“E parece que Finch-Fletchey avistou o pomo”,
gritou Fred.
Escórpio percebeu
um lampejo dourado do outro lado do campo e voou direto para lá. Ele e Bruno
ficaram ombro a ombro e se trombaram. Escórpio não ia deixar o colega pegar o
pomo. Não depois de ter visto o garoto andar para cima e para baixo com Rosa.
Bruno não teria mais essa alegria.
O placar era
setenta a quarenta agora. Escórpio esticou o braço e agarrou a bolinha, depois de
dar um empurrão para o lado em Finch-Fletchey.
“Malfoy captura o
pomo!”
A torcida da
Sonserina explodiu em vivas, lá embaixo. Os jogadores voltaram ao chão.
– Parabéns,
Malfoy – disse Higgs, dando palmadinhas no ombro dele.
Escórpio agradeceu,
enquanto observava Rosa, subindo em direção ao castelo, conversando com um
cabisbaixo Bruno. Gostaria de poder comemorar sua primeira vitória com ela.
🦉
No dia seguinte,
Escórpio estava subindo para biblioteca, depois do almoço, quando encontrou Rosa,
Alvo, Mary e Bruno.
– Pra quem comprou
a vaga, você jogou bem, Malfoy – disse Bruno.
– Bruno, deixa
ele – sussurrou Rosa.
– Pra você ver
que não comprei coisa nenhuma. O pomo estava na sua cara, Fletchey – respondeu o
garoto. – Agora, licença que tenho que estudar.
Bruno puxou a
varinha, mas Rosa segurou a mão dele. Átila Higgs se aproximou.
– Nem pense
nisso, Fletchey – disse ele. – Tá bem nervosinho porque perdeu, né? Jogue
melhor da próxima vez.
– E você tá bem
feliz porque os amiguinhos poderosos do seu pai estão comprando a eleição dele.
Higgs puxou a
varinha. – Dobre sua língua pra falar do meu pai.
– Vamos, Bruno –
disse Rosa, puxando-o, com a ajuda de Alvo.
– Vocês querem se infiltrar no Ministério, outra vez. Diga a seu pai, Malfoy, que ele não tem mais lugar lá – Bruno estava vermelho.
– O tempo que
vocês lá que está acabando, seus sangues-ruim – disse Higgs.
Finalmente, Rosa,
Alvo e Mary conseguiram tirar Bruno do corredor.
– Pare com isso,
cara – disse Alvo, quando chegavam ao andar de baixo. – Vai arranjar problema
com ele.
– Não tenho medo
dele – disse o garoto, aborrecido, se desvencilhando do colega. – Você viu, né, Rosa, de
quem seu amiguinho é amigo? – Bruno olhou para ela.
– Ele não é mais
meu amigo – disse ela.
Quando Dezembro
baixou sobre o castelo, frio e branco, Rosa ficou contente em saber que as
férias de Natal estavam chegando. Ela concentrou-se em estudar, ser a melhor da
sala e passar tempo com Mary e Alvo, nos horários vagos, além de seus outros
amigos e primos. Tiago voltara a falar com ela desde que a menina deixou de
conversar com Escórpio. Porém, no fundo, a garota sabia que o comportamento frio
de Escórpio a incomodava e muito. E ela não esquecera que ele não disse nada
quando Higgs os chamou de sangue-ruim.
No último dia do
trimestre, Rosa estava saindo da biblioteca, onde fora entregar um livro e
desejar feliz natal à bibliotecária. Ela esbarrou em Escórpio, que derrubou os
livros que carregava.
– Desculpa –
disse ela, agachando-se para ajudá-lo.
– Sem problema –
disse ele, sem olhar para ela e levantou-se com os livros nos braços. Ele
passou por Rosa e entrou na biblioteca. Ela pensou em dizer algo a ele, mas desistiu.
Escórpio chegou à
mansão, já decorada para o Natal. A árvore gigante era decorada com as tradicionais bolas de
prata com o brasão dos Malfoy e velas que não derretiam. Apenas sua mãe foi buscá-lo
na Plataforma pois, segundo ela, seu pai estava em uma reunião. Ao entrarem na sala, Draco
saía do escritório com um homem loiro e corpulento. Ele sorriu ao vê-los.
– Madame Astoria –
ele cumprimentou-a com um beijo na mão. – E o jovem Escórpio.
– Sr. Higgs –
disse o menino, apertando a mão do homem.
– Estava falando
com seu pai que Átila elogiou muito seu desempenho no jogo. Herdou o talento de
seu pai, claro.
– Escórpio joga
muito melhor que eu – disse Draco.
– Modesto... Bom, vou indo que Átila deve ter chegado também. Nos
vemos no jantar de Ano-Novo – disse Terence Higgs. – Leve o jovem Malfoy, para
ir se acostumando com a política.
Draco
acompanhou-o até a porta. Zig, o elfo, apareceu para levar o malão de Escórpio
para o andar de cima.
– Suba, querido –
disse Astoria – e se arrume para o jantar.
Escórpio subiu as
escadas, mas não foi para o quarto, ficou no primeiro andar, escutando. Astoria cruzou os braços, quando Draco voltou
à sala.
– Que jantar de
Ano-novo?
– Não comece.
– Não comece?
Disse que não queria me envolver em política e você não deveria também.
– Astoria, nós ainda temos um nome. Higgs me pediu apoio na campanha.
– Ele quer que
tudo volte a ser como era antes.
– Você não vai
apoiar abertamente a Granger, está ouvindo? – disse ele, encarando-a.
– E quem vai me
proibir? Você?
– Tori, por favor
– disse Draco, apaziguador, aproximando-se dela.
– Não vou a esse
jantar. E não vai levar meu filho.
– Nosso.
Astoria subiu as
escadas, com passos duro. Escórpio correu para seu quarto. Seria verdade o que Rosa dissera? Seu pai pagara ao pai de Higgs para colocá-lo no time? No jantar,
o menino não conseguiu comer, ficou mexendo no faisão.
– Tudo bem, Hyp? –
perguntou Astoria.
Escórpio olhou
para o pai. – É verdade que você pagou para me colocarem no time?
Astoria olhou
para o marido, perplexa.
– Não – respondeu
Draco, calmamente.
– Por que estão
falando isso em Hogwarts?
– Eu fiz uma
doação a campanha do Higgs e ele deve ter falado para o filho. Mas você foi
muito bem nos testes pelo que ouvi falar. Passou até o filho do Krum.
– Você deu uma
vassoura nova ao Higgs?
– Não. O pai
comprou uma vassoura nova para ele.
– Você disse ao
Atila para me obrigar a parar de falar com a Rosa pra ficar no time! – acusou Escórpio.
– Draco, eu não
acredito que você fez isso – disse Astoria, incrédula.
– E pra quê você
quer falar com aquela menina? – Draco perguntou, olhando para o filho. – Fique
longe dela e vai ser melhor para todo mundo.
– Eu vou sair do
time – disse o menino, taxativo.
– Não vai, não!
– Não quero uma
vaga comprada! – Escórpio levantou-se e saiu.
– Volte aqui,
Escórpio Hyperion!
– Eu não acredito
nisso, Draco – falou Astoria, decepcionada. – Eu sempre acreditei em você, que
tinha se tornado alguém melhor. Você está ficando igual seu pai.
Astoria
levantou-se e saiu. Draco observou-a, sentindo algo que parecia arrependimento.




