Capítulo 6
Uma nova chance
Enquanto isso, os
Malfoy pararam em frente à porta de saída para os jardins. Draco virou-se para
Escórpio.
– O que lhe falei
sobre amizade com a menina Weasley? Fique longe dela e dos Potter.
– Acho que o
problema são os amigos que ele já tem – disse Dafne.
– Fique fora
disso.
– Não fale assim
com a Dafne – disse Astoria, encarando o marido.
– Eu sei o que
seu marido quer, Tori – disse Dafne. – Colocar panos quentes no comportamento
dos filhos dos amiguinhos dele.
– Você não tem
filhos, Greengrass, então não pode dar palpite em como educo o meu.
As bochechas de Dafne ficaram vermelhas.
– Não vamos
discutir na frente do menino – interveio Astoria.
– Escórpio é meu
afilhado, portanto quase um filho – Dafne encarou os olhos cinzentos do
cunhado. – E vou ensiná-lo a ser amigo de quem quiser.
– Devemos é cada
um ficar no seu lugar seguro. Para evitar confusão.
– Discordo,
Malfoy. Se ficar em seu lugar seguro é fechar os olhos, me recuso.
Devemos viver em paz com todos. E ser amigos de quem quisermos. Vamos, Escorp.
Tchau, Tori.
Dafne puxou Escórpio,
escada acima. Astoria encarou Draco, deu um muxoxo de impaciência, virou-se e
saiu. O marido acompanhou-a.
Rosa estava com
muita raiva de Escórpio. Ela pensava que eles eram amigos. Recusou-se a falar
com ele, durante o resto do trimestre, sentando-se bem longe dele, nas aulas
que cursavam juntos. Não concordou com o que Tiago e Nikolai fizeram, embora, no
íntimo, achasse que ele merecera.
– Não está perdendo
nada, deixando de falar com o Malfoy – disse Bruno Finch-Fletchey, na aula de
Herbologia, uma tarde, pouco tempo depois do dia da brincadeira.
– Não quero falar
sobre isso – disse Rosa, colocando fertilizante de dragão em um pé de asfódelo.
Escórpio também
não estava feliz. Seus amigos o parabenizaram depois do que ele fez, mas o menino
só saiu, batendo no ombro de Vicente, ao passar. Agora, geralmente, ficava
sozinho, estudando na biblioteca, até a hora de voltar ao dormitório, onde
fechava as cortinas verdes e ficava lendo, à luz da varinha.
Um dia, encontrou
Rosa, na biblioteca, com Mary. Chamou-a, mas a menina ao vê-lo o ignorou.
– Preciso falar
com você – disse ele. – Eu sinto muito...
– Não me
interessa.
– Psiiu – disse
Madame Hipátia Majestic, a bibliotecária, olhando feio para eles.
Escórpio saiu.
O dia de voltar
para casa chegou, estava quente e ensolarado.. Depois do café da manhã, os
alunos terminaram de arrumar suas coisas e desceram para o Saguão. Os alunos do
primeiro ano atravessaram de barco até Hogsmeade, de novo. O Expresso de
Hogwarts estava parado na Plataforma.
Já no trem, Alvo,
Rosa e Mary escolheram uma cabine. Um pouco antes do carrinho passar, os outros
Weasley apareceram, mas depois do lanche e de fazerem alguma bagunça, Fred,
Roxane, Molly e Victorie voltaram para seus colegas.
A porta da cabine
abriu-se e Escórpio colocou a cabeça para dentro.
– Ahn... Rosa,
posso falar com você?
– Não – disse Alvo,
ríspido.
– Por que você
quer tanto falar comigo? – perguntou Rosa, com frieza.
– Por favor, é
rápido – disse o menino.
Rosa fuzilou-o
com o olhar, mas levantou-se e foi para o corredor. Escórpio fechou a porta.
– Eu quero pedir desculpas.
Eu sei que foi algo ruim, não é o tipo de coisa que amigos fazem, mas eu... – Ele
parou, olhando para Rosa, que o encarava, de braços cruzados. – ... eu fui um
bobo. Deixei os garotos me pressionarem.
– Foram seus
amigos que obrigaram você a fazer aquilo? – perguntou Rosa, incrédula.
– Não, eles não
me obrigaram – o menino olhou para os pés. Eu deveria ter dito não, mas
eu... – o garoto ficou vermelho.
– Ficou com medo –
disse Rosa, descruzando os braços. Escórpio olhou para ela e soube que ela
tinha entendido tudo, assim como sua mãe e sua tia.
– Se puder me
perdoar, eu nunca mais vou fazer brincadeira de mau gosto com você, eu juro – Escórpio
esperou, fitando Rosa. A garota sustentou aquele olhar celeste e percebeu algo diferente
naquele garoto; ele estava confuso.
– Tá. Eu perdoo
você, mas se bancar o idiota de novo, eu mesma é que vou azarar você – disse Rosa,
com veemência. Escórpio sorriu.
– Toma – disse ele,
estendendo um sapo de chocolate para ela. – Sem Vomitilha, eu juro.
– Obrigada –
disse Rosa, sorrindo. Abriu e tirou a figurinha. – Ah, é do meu pai. Toma – ela
estendeu a fotinho do homem ruivo, sorrindo e acenando. – Tenho várias.
– Valeu – disse Escórpio,
sorrindo, e colocou a figurinha no bolso, mesmo ele também já tendo várias de
Rony Weasley. – Ahn... tenha um ótimo verão.
– Obrigada. Você
também. Vai pra Copa de Quadribol?
– Não sei. Mamãe
disse que ficarei de castigo – ele pareceu triste.
– Papai disse que
ia tentar nos levar. Pode ser que a gente se veja, então.
Escórpio sorriu,
acenou e saiu. Rosa deu uma mordida no sapo de chocolate, enquanto entrava na
cabine.
💙💚💛💖
Em breve, começaremos o segundo ano...
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