Lumus! Mais uma parte para vocês! Deixem um comentário para eu saber o que acharam.
Hermione e
Escórpio entraram na biblioteca. Havia uma escrivaninha de frente para porta.
Ao lado, havia duas poltronas de chintz.
Pela janela, via-se as colinas cobertas de branco ao longe. As paredes eram
cobertas de estantes de livros.
– Sente-se – disse
Hermione, indicando uma das poltronas. Ela sentou-se na outra, de frente para
ele. Hermione fitou o garoto, que percebeu que ela o avaliava. Sustentou o
olhar. – Vou direto ao ponto. Rosa não tem só
um pai ciumento. Eu estou confiando em você, Escórpio. Você já deu pra trás uma
vez...
– E tenho muita
vergonha disso, sra. Weasley – disse o garoto, triste.
– Trate minha
filha com respeito e consideração, está entendendo? Se fizer ela sofrer, se
tudo isso for uma encenação...
– Claro que não.
Eu não concordo com essa história de pureza do sangue e eu amo sua filha, sra
Weasley. Eu prefiro morrer a fazê-la sofrer.
– Eu acredito em
você – disse Hermione, olhando nos olhos dele. – Vou ser sincera: não gosto da
sua família. E, com certeza, eles não gostam de mim. Mas acredito que seja
diferente ou não estaria aqui. Rosa não escolheria você se não tivesse visto
algo bom. – Ela fez uma pausa. – Trate a Rô bem, como se sua vida dependesse
disso. Não vai querer me ver brava.
Escórpio sentiu
que faíscas poderiam sair dos olhos castanhos da mulher.
– Não, senhora –
disse ele, intimidado.
Mas quando
Hermione voltou a falar o tom era amável, como se nunca tivesse usado um tom
ameaçador.
– Como você está?
Confuso, com medo...
– Um pouco dos
dois – respondeu o garoto, olhando pela janela.
– Isso é normal. É
uma nova situação, desconfortável, você saiu da sua zona de conforto. Me senti
assim, aos dezessete anos. – Escórpio olhou para ela. – Foi um momento difícil
para todos nós, mas se você tem amigos, alguém com quem contar, pode ter
certeza que tudo vai dar certo, no final. – Hermione sorriu.
Alguém bateu na
porta e Rony colocou a cabeça para dentro.
– Mione, cadê aquela
minha blusa azul?
– Na lavanderia –
Hermione levantou-se quando Rony saiu.
Escórpio levantou-se
também. – Sra. Weasley – Hermione virou-se para ele –, desculpa por tudo que
minha família fez à senhora.
– Não é culpa sua,
Escórpio. Não tem que se desculpar por eles.
Hermione saiu e o
garoto a acompanhou.
No jantar,
Hermione acrescentou mais um lugar à mesa, ao lado de Rosa. Rony sentou-se, com
cara de poucos amigos – passara a tarde toda no quarto.
– Peraí, esse é
meu suéter? – perguntou Rony, apontando para Escórpio, que usava um suéter de
lã cor de tijolo.
– As blusas do
Hugo ficam pequenas no Escórpio. E esse suéter tem cinco anos – disse Hermione,
servindo o jantar. – Todo ano você ganha um novo.
Rony resmungou.
– Eu deveria ter
levado você pra conhecer a vovó e o vovô Weasley – disse Rosa a Escórpio.
– Pra quê? –
perguntou Rony.
– Podem ir depois
do jantar – interveio Hermione.
– Também frequenta
Hogwarts, né, Escórpio? – perguntou o sr. Granger.
– Sim, senhor.
– Desculpa
perguntar, mas quem escolheu seu nome, filho?
– Richard –
repreendeu a sra. Granger.
– Meu pai. Eu sei
que é estranho, sra Granger, mas minha família tem vários nomes assim. Meu pai
é Draco.
Hugo chutou Rosa
por baixo da mesa. A irmã olhou para ele, que fez sinal com a cabeça para o
pai. Rosa sabia o que o irmão queria.
– Ahn... papai? –
disse Rosa, insegura. Rony disse “hum” e continuou comendo. – Hugo quer pedir
uma coisa.
– E ele precisa de
porta-voz agora? – perguntou Rony e olhou para o filho.
– Fale direito com
o menino, Ronald – repreendeu Hermione.
– Pode pedir, Hugo
– disse Rony, cordial, e encheu a boca de comida.
– Eu convidei
Pixie e os pais dela para nossa festa de Natal – disse Hugo e Rony engasgou-se.
Ele ficou vermelho e com os olhos esbugalhados.
– Anapneo – disse Hermione, apontando a
varinha para Rony, que respirou, aliviado.
– Valeu, Mi –
disse ele. – Os pais da Pixie? – perguntou a Hugo. – Perdeu o juízo, garoto?
– Pixie é minha
namorada – disse Hugo. – Quero apresentá-la à família. E o pai dela quer me
conhecer.
– Você querem
acabar comigo, isso sim – descontrolou-se Rony. – Por que não disse a seus
filhos a quais famílias eles poderiam se ligar? – perguntou a Hermione.
– Nossos filhos – disse Hermione, sem se
abalar. – Eu não fiz sozinha. E sua preocupação é a Pixie ser filha da Lilá?
– Rony, Mione –
disse a sra Granger e Rony fechou a boca, porque já queria responder.
– Cara, o pai da
Pixie é batedor do Falmouth Falcons – disse Escórpio. – Já viu o tamanho dele?
– Para, Escórpio.
– disse Rosa – Vai assustar o Huguinho.
– Qual o seu time,
Escórpio? – perguntou Rony, querendo mudar de assunto.
– Eu tenho que
dizer Wigtown Wanderers, por causa do meu pai, mas eu gosto do Chudley. Eles
tiveram momentos difíceis, mas estão melhorando. E Melina disse que Krum
aceitou treiná-los, na próxima temporada.
– Então é oficial?
– perguntou Rony.
– Ainda é segredo,
mas ele aceitou.
Rosa sorriu,
olhando para mãe, que sorriu de volta. Rony e Escórpio continuaram discutindo
sobre quadribol. Depois da sobremesa, Rony convidou Escórpio para jogar xadrez
de bruxo.
– Mas íamos ver
meus avós – disse Rosa.
– Ah, podemos
jogar com meu pai – disse Rony.
– Espera – disse
Rosa, segurando o braço de Escórpio. – Que história é essa de você ficar
conversando com a Melina sobre o pai dela?
Escórpio sorriu. –
Tá com ciúmes? A gente conversa, somos amigos.
– Sei – disse
Rosa, olhando feio para ele.
– Para com isso –
disse Escórpio, fazendo cócegas em Rosa. – Sabe que só tenho olhos pra você. –
Abraçou-a e lhe plantou um beijo na bochecha.
– Ham, ham – fez
Rony e Escórpio e Rosa afastaram-se. – Não abusem da minha boa vontade. Anda,
Malfoy.
Rosa entrou na
lareira primeiro e foi engolida pelas chamas verdes.
– Vamos deixar
algumas regras claras quando não estiverem sob meus olhos – disse Rony, olhando
para Escórpio. – Nada de beijos demorados e mãos bobas. Eu sou expert em
Legilimência. Não vai querer que eu saiba
o que anda fazendo com minha filha.
– Não, senhor –
disse Escórpio. – Prometo me comportar.
– Ótimo – disse
Rony e entrou na lareira, antes do garoto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por enviar uma coruja!