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Rosa e Escórpio - Entre a serpente e a espada
Parte XIX
– E aí, com
quem vai ao baile? – perguntou Mary a Rosa. Elas estavam voltando da aula de
Herbologia, na terça-feira à tarde, sob um vento enregelante. Uma fina camada
de gelo cobria a grama.
– Não sei –
respondeu Rosa.
– Como assim?
Escórpio não te convidou?
– Não. E eu
tinha aceitado o convite do Sean no começo do ano.
– Ah, ele te
traiu, Rosa. Vocês nem se falam direito – disse Mary, enquanto aproximavam-se
da porta de carvalho. – Acha que o Alvo já convidou alguém? – perguntou, vendo
o garoto mais a frente, conversando com Bruno.
– Acho que não
– disse Rosa, olhando para amiga. – E continua apaixonada por ele.
– O que me
entrega?
– Esse sorriso
bobo na sua cara quando fala dele – disse Rosa enquanto entravam no Salão
Principal.
– Ah, ele é
tão lindo com aquele jeito tímido e aqueles olhos esmeralda – derreteu-se Mary
e Rosa sorriu.
– Por que não
convida ele? – perguntou Rosa, enquanto sentavam-se.
– E não ia
parecer oferecida?
Alvo sentou-se
ao lado de Rosa.
– Al, você
acha que uma garota é oferecida por convidar um garoto para ir ao Baile? –
perguntou Rosa.
– Ahn, não –
respondeu Alvo e ruborizou. – O garoto pode até ficar aliviado – e encheu a
boca de empadão de carne e rins.
Rosa piscou
para Mary.
Depois do
jantar, Rosa foi para a biblioteca. Escórpio tinha treino de quadribol aquela
noite, mas ela ia continuar o texto.
– O que tá
fazendo aqui? – perguntou Rosa ao ver Escórpio sentado a uma das mesas, curvado
sobre um livro.
Ele levantou a
cabeça e sorriu.
– Assim vou
pensar que não queria me ver – disse ele.
– Não tinha
treino? – Rosa sentou-se e pegou pergaminho e pena.
– Aproveitaram
que a diretora me suspendeu do cargo de capitão e pediram à profª Greengrass
pra me tirar do time.
– Mas ela é
sua tia. Ela deixou?
– Eu pedi a
ela pra aceitar o pedido. Se estavam péssimos antes, agora vão ser massacrados
pela Lufa-lufa – disse Escórpio, vingativo.
– Por que
estavam péssimos?
– Porque eu
não estava conseguindo me concentrar direito nas táticas – Escórpio fitou Rosa.
– Por sua causa.
– Ora, agora a
culpa é minha?
Escórpio
encolheu os ombros.
– Você é meu
amuleto da sorte – ele sorriu para ela.
Depois disso,
eles passaram à pesquisa. Estavam com “Ascensão e Queda das Artes das Trevas –
Pós II Guerra”, “História da Magia – revisada e atualizada”, “Primeira e
Segunda Guerra Bruxa” e “Sangue-puro e Sangue Ruim – Porque essas denominações”
abertos sobre a mesa. Já tinham escrito trinta centímetros quando Escórpio
afastou os livros, aborrecido. Rosa, que estava escrevendo agora, olhou para
ele.
– Sinto muito
– disse ele, olhando para mesa. – Por tudo.
– O que quer
dizer? – perguntou Rosa.
– Toda essa
perseguição aos trouxas e aos nascidos trouxas. E torturas. Prisões injustas.
Mortes. E minha família fez parte disso – Escórpio desabafou, enojado.
– Mas não é
culpa sua – falou Rosa, pousando a mão sobre a dele.
– Você não
deveria nem querer falar comigo, nem olhar pra mim, depois do que minha família
fez a sua mãe.
– Minha mãe
não culpa você pelo que sua tia-avó fez. E isso não seria justo – disse Rosa e
deu um aperto na mão dele. Escórpio abraçou-a.
– Já estou
fechando – avisou Madame Pince, a bibliotecária velha e rabugenta, passando.
Rosa e Escórpio arrumaram as coisas e saíram.
– Sinto muito
pelo berrador da sua mãe hoje de manhã – disse Escórpio. – Se eu não tivesse te
interceptado aquele dia nada disso teria acontecido.
– E a gente
continuaria sem se falar – disse Rosa.
– AQUELES
MISERÁVEIS. SEMPRE EMPORCALHANDO TUDO! – Eles ouviram a voz de Betzaida Briston
soar no corredor.
– Aqui –
Escórpio abriu uma porta e eles entraram e viram a bruxa passar gingando.
– EU PEGO
VOCÊS! – ela gritava. – EU VOU ESFOLAR VOCÊS!
– Só espero
que não seja o Tiago e o Hugo com aquelas bombas de bosta – disse Rosa. – Acho
que a gente pode ir.
A sala era
iluminada apenas pelos raios de lua que entravam pelas janelas e estava um
pouco nublado. Havia um cheiro de mofo e poeira ali.
– Já que a
gente tá'qui – disse Escórpio, aproximando-se. Ele passou o braço pela cintura
de Rosa. Apesar da pouco claridade, ela percebeu que ele estava sorrindo e
sentiu seu perfume.
– Calmaí –
disse Rosa, colocando as mãos nos ombros de Escórpio. – O fato de eu estar
falando com você não quer dizer que estamos juntos de novo.
Rosa sentiu a
decepção de Escórpio quando a soltou.
– Desculpe –
ele murmurou. – Vamos – ele abriu a porta e deixou Rosa sair primeiro. Eles não
disseram mais nada enquanto caminhavam pelo corredor. Rosa pegou o atalho para
a Torre da Grifinória e Escórpio desceu as escadas.
– Não sabe o
que aconteceu – disse Mary, sorrindo, quando Rosa sentou-se na poltrona ao lado
dela, na Sala Comunal da Grifinória. – Alvo me convidou para ir ao Baile...
– Legal –
disse Rosa, desanimada.
– O que
aconteceu? Brigou com Escórpio de novo? – perguntou Mary.
– Não – Rosa
contou que o garoto tentou beijá-la e ela o rechaçou.
– Por que?
Pensei que daria uma chance a ele.
– Eu não vou
voltar até ele tomar uma decisão. Se ele não pode me assumir pro pai dele, eu
não vou ficar com ele escondido – disse Rosa, cansada. – Eu vou dormir.
Rosa
levantou-se e subiu as escadas para o dormitório feminino. O quarto estava
vazio. Rosa sentou-se na cama e ficou observando a chuva pela janela, pensando
em tudo que acontecera desde Junho. De repente, algo cinza bateu na janela.
Rosa pulou da cama e abriu-a. Atena entrou com um pergaminho no bico. Quem
mandou deveria ter lançado um Feitiço Impermeabilizante porque a carta estava
seca. A coruja estava encharcada – ela balançou as penas, respingando em Rosa.
A garota fez sair ar quente da varinha e secou a coruja, que piou feliz.
Rosa
sentiu vontade de chorar. Queria que seus pais estivessem ali para abraçá-la.
Sentia-se confusa, cansada e triste. A garota deitou-se e ficou observando
Atena comer, até que pegou no sono.
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