Olá, bruxinh@s! Espero que gostem dessa nova parte. Deixem um comentário para eu saber o que acharam.
Parte XXVII
Sobrevivendo ao
Natal
Rosa desceu as
escadas, já arrumada. Sua família estava na sala. Sua mãe ajeitava a gola da
blusa do seu pai e mandava Hugo colocar a blusa para dentro da calça.
– Vou parecer um
idiota, mãe – reclamou Hugo.
– Que saia é essa,
Rosa? – perguntou Rony.
– O que tem? –
perguntou Rosa, olhando para baixo.
– Curta demais.
– Deixe de bobagem
– falou Hermione. – Ela está de meia-calça e de capa. E nem é tão curta assim.
Houve um barulho
de carro e, alguns segundos depois, uma batida na porta. Rosa foi abrir e era
Escórpio. Estava vermelho por causa do vento e trazia uma sacola em uma mão e
uma gaiola, coberta por um pano, na outra.
– Feliz Natal! –
disse ele, sorrindo.
– Feliz Natal! –
disse Rosa.
Escórpio entrou e
cumprimentou o restante da família.
– Como veio,
querido? – perguntou Hermione.
– Nôitibus – disse
Escórpio.
– Vamos, então –
disse Hermione, pegando a bolsa.
– Espere um pouco,
sra. Hermione – disse Escórpio. – Comprei presentes pra vocês. Rosa... – e
entregou a gaiola.
– Ah, não acredito
– disse ela, pegando um filhote de gato, que mais parecia uma bola laranja
peluda. – É lindo! E parece...
– Bichento –
completou Escórpio. – Disse que amava ele e sentia saudades.
– É muito fofo –
falou Hermione, coçando atrás da orelha do gatinho.
– Sra. Hermione –
disse Escórpio, entregando-lhe um embrulho azul. Depois entregou o de Hugo, da
sra Granger e do sr. Granger. O último foi de Rony. O homem olhou para ele e
depois para o embrulho, mas não o pegou. Houve vários segundos de silêncio.
Hermione deu uma cutucada de leve no marido, que acabou pegando o presente, a
contra-gosto.
Rony abriu o
embrulho e tirou um uniforme laranja dos Chudley Cannons. Ele arregalou os
olhos azuis.
– É bem velho, mas
é peça de coleção – falou Escórpio, inseguro.
– Esse... é o...
uniforme de 1892?
– É – disse
Escórpio.
Rony olhava,
hipnotizado, para a relíquia em suas mãos.
– Obrigado,
Escórpio – disse Rony, hipnotizado.
– Vamos? –
perguntou Hermione. Rony colocou o uniforme na caixa e carregou-a para a porta.
– Vai levar? – ela ergueu as sobrancelhas.
– Claro – disse
Rony e saiu.
Hermione balançou
a cabeça.
– Obrigada, Escórpio,
pelo enfeite – disse ela, apontando para os cabelos.
Eles entraram no
carro de Rony, aumentado magicamente, e subiram a colina para A Toca. Rony
estacionou ao lado do carro de Harry, à entrada dos fundos. Todos
desembarcaram. Rony deteve Escórpio.
– Mas não pense
que vai me comprar com isso – e apontou para caixa.
– Não foi essa
minha intenção, sr. Weasley.
– Me ajuda aqui –
Rony abriu o porta-malas, com um toque da varinha. Ele e Escórpio tiraram o
saco de presentes enorme que havia ali e levaram para dentro da casa.
– Rony – disse a
sra. Weasley, avó de Rosa, e o abraçou. – E Escórpio...
A casa já estava
cheia, parecia que só faltavam Victorie e Ted. Rosa pegou a mão de Escórpio e
saiu apresentando-o a seus parentes, apesar de que muitos já o conheciam de
vista. O garoto agradeceu a Gina pelos doces que ela enviara a ele.
– De nada – ela
sorriu.
– Sr. Potter, é
uma grane honra conhecê-lo – disse Escórpio e não pôde evitar olhar para
cicatriz na testa do homem.
– Não mereço tanta
honra – disse Harry, sorrindo.
Rosa pediu licença
aos tios e foi até o grupo de primos, com o namorado. Todos cumprimentaram
Escórpio.
– Cadê Alvo? –
perguntou Rosa, percebendo a ausência do primo.
– No salão, com
Mary – disse Roxane.
– Mary está aqui?
– perguntou, surpresa. Os outros confirmaram.
– Papai convidou o
pai dela – disse Fred.
– Vem – disse
Rosa, pegando a mão de Escórpio e entraram na grande sala lateral, que fora
acrescentada, há alguns anos, quando a casa ficou pequena demais para as festas
de família. Havia cinco mesas redondas arrumadas de modo a formar um W. Havia
uma árvore decorada a um canto também, assim como sepertinas coloridas, visco e
azevinho.
– Mary – chamou Rosa ao ver a amiga. Ela aproximou-se
e elas abraçaram-se. – Não me disse que estaria aqui.
– Foi de última
hora.
– Malfoy – chamou
Gui, da porta da sala. – Vem cá.
Escórpio olhou
para Rosa.
– Não precisa ir –
disse ela.
– Tudo bem – disse
o garoto, mas ficou nervoso ao caminhar até Gui.
– Sou Gui Weasley,
tio de Rosa. Não se assuste com minhas cicatrizes. Ganhei em uma luta com um
lobisomem – disse o homem –, mas não virei um – acrescentou, enquanto subiam as
escadas para o segundo andar. Quando chegaram ao último andar, Gui abriu a
porta, onde havia uma placa escrita “Quarto do Ronald”. Escórpio entrou no
escuro e Gui fechou a porta. De repente, as luzes acenderam-se e Rony(segurando
o desiluminador), Harry, Percy, Jorge e Carlinhos estavam ali, em semi-círculo.
O quarto era extremamente pequeno, então estavam apertados mesmo que a antiga cama
de Rony tivesse sido removida.
– Acho que só não
foi apresentado a Carlinhos – o homem com uma queimadura na testa e cabelos
presos num rabo de cavalo acenou – e Percy – o homem de óculos quadrados
estendeu a mão para Escórpio, que a apertou.
– Não fique
assustado – disse Jorge. – Nós não vamos fazer nada com voê a não ser que...
– ...saia da linha
– completou Carlinhos.
– Porque nós não
cuidamos tão bem das meninas Weasley para que o primeiro calunga que apareça as
faça sofrer – disse Gui.
– Não vai querer
fazer Rosa sofrer – disse Percy. – Porque, sabe, um garoto achou que poderia
brincar com os sentimentos da Molly e se deu mal.
– Então, é o
seguinte: – disse Harry, passando o braço pelos ombros de Escórpio. – Você vai
tratar a nossa Rosa como se ela fosse de cristal.
– ...e se ela
quebrar, você se quebra – completou Rony.
– Entendeu? –
perguntou Gui.
– Sim, senhor –
disse Escórpio.
– Não gostamos do
jeito arrogante e prepotente dos Malfoy – falou Carlinhos –, então não vamos
tolerar mal-comportamento.
– Mãos guardadas – disse Harry.
– Boca fechada – disse Rony.
– Pensamentos limpos – disse Gui.
– Sentimentos verdadeiros – disse Percy.
– Guarda baixa – disse Carlinhos.
– E braguilha fechada – encerrou Jorge.
– Fomos suficientemente claros, Malfoy? – perguntou
Gui.
– Ah, sim, senhor, muito claro.
– Ótimo. Fique de olhos bem abertos porque estamos de
olho em você – disse Rony, apontando os dedos indicador e anelar, formando um “dois”,
para os olhos e, depois, em direção ao garoto.
– Pode ir – falou Gui, abrindo a porta do quarto.
– Só queria dizer que amo a Rosa tanto quanto vocês –
falou Escórpio, encarando os homens a sua frente e tentando parecer confiante.
– Não ama, não – disse Rony. – Mas pode tentar.
Escórpio ficou feliz em sair do quarto. Desceu as
escadas e encontrou Rosa, no primeiro andar, parecendo aflita.
– O que eles queriam? – perguntou ela, segurando o
rosto dele, como se procurasse algum machucado.
– Só dar alguns avisos. Calma, Rô – disse Escórpio,
segurando as mãos dela. – Seu pai e seus tios estão preocupados com o que posso
fazer com você.
– Fizeram pressão psicológica, né? – perguntou Roxane,
aproximando-se. – Típico. Fizeram uma dessas reuniões com o Wright, quando
comecei a namorar com ele, e o bundão fugiu com medo. Terminou comigo, no dia
seguinte.
– Sobreviveu, né, cara? – perguntou Tiago, divertindo-se.
– Não tem graça – disse Rosa, aborrecida. Os Weasley e
Harry apareceram na escada.
– Ah, ele está aqui ainda? – perguntou Jorge,
sorrindo. – O Wright correu três dias, sem olhar pra trás.
– Desse jeito vamos morrer solteiras – suspirou
Roxane.
– Te livrei de um covarde – disse Jorge. – Deveria
agradecer ao papai.
– Quem sabe um dia encontre um tão corajoso quanto o
Malfoy – disse Gui. – Ou o Ted. Ei, Ted – ele chamou o rapaz, que entrava na
sala.
– Oi, tio Gui – disse Ted, segurando a mão de
Victorie. Os cabelos dele estavam vermelhos e verdes. – Oi, pessoal!
A sra Weasley apareceu com um montinho de lã azul nas
mãos.
– Acabaram com a conversa ridícula de vocês? – ela lançou
um olhar repreendedor aos filhos. – Escórpio, fiz um suéter pra você.
Agora, reparando bem, Escórpio viu que todos os
Weasley estavam com suéteres cor de tijolo; o de Harry era verde.
– Não precisava, sra. Weasley. Muito obrigado.
– Ele não é um Weasley, mãe – disse Rony, revoltado.
– Vista, querido – disse Molly.
– Tá. – Escórpio tirou a jaqueta e o suéter preto que
estava vestindo. Entregou a Rosa. As garotas ficaram observando.
– Não faz isso – disse Rosa, sem graça. Escórpio
vestiu o suéter azul.
– Combinou com seus olhos – disse a sra. Weasley,
sorrindo. – Vamos dispersar, né? Meninas, parem de babar. Andem, andem.
– Escórpio, quero que conheça alguém – disse Ted e
levou o garoto, junto com Rosa até a sala. Uma senhora, cujos cabelos loiros
confundiam-se com os grisalhos no coque, estava sentada em uma das poltronas,
conversando com a sra. Granger. Os olhos eram pequenos e claros e todos os
traços pareciam com Narcisa Malfoy. Exceto o sorriso e o brilho nos olhos
quando viu o garoto.
– É ele? Meu sobrinho-neto? – perguntou a Ted, sem
tirar os olhos de Escórpio. – Meu Deus, já é um rapaz.