Lumus! Olá, bruxinh@s! Mais uma parte postada. Espero que gostem!
Zig apareceu fora
dos portões da Mansão dos Malfoy. Escórpio já ia mais adiante.
– Senhor Escórpio,
espere, senhor – guinchou Zig, correndo atrás dele.
Escórpio virou-se.
– Zig? – ele estava tremendo. Não estava de casaco e fazia frio; a neve cobria
a estrada à frente.
– A senhora
Astoria Malfoy pediu para acompanhar o sr. Escórpio, para levá-lo a um lugar
seguro. Zig pode levar o senhor...
– Ottery St. Cactchpole.
Pode ser?
– Sim, senhor –
Zig estendeu a mão para Escórpio. O garoto segurou-a e eles desapareceram.
No momento
seguinte, Escórpio abriu os olhos e se viu em uma rua coberta de neve. Estava
aparentemente deserta.
– Os trouxas não
podem ver Zig, meu senhor. Zig vai ficar invisível, mas vai seguir o senhor.
Escórpio sabia o
endereço de Rosa, mas não havia placas de rua. Ele seguiu, tiritando de frio.
Em frente a uma casa, um homem corpulento tirava a neve da entrada com uma pá.
– Boa tarde,
senhor. – O homem olhou para ele, desconfiado. – O senhor sabe onde mora a família
Weasley?
– Ah, sim – disse
ele, sorrindo. – É só descer a rua, número seis.
– Obrigado.
– Deveria vestir
um casaco, rapaz. Vai pegar um resfriado.
Escórpio deu um
sorriso amarelo e desceu a rua. O número seis era uma casa branca de dois
andares, com um imenso jardim. Escórpio passou pelo portão de madeira, subiu os
cinco degraus da varanda e bateu na porta. Uma senhora de olhos claros e
cabelos castanhos salpicados de fios grisalhos abriu a porta.
– Pois não – disse
ela, mas pareceu assustada ao observar o rosto de Escórpio.
– Boa tarde,
senhora. Rosa está?
– Não. Espere –
ela virou-se para dentro. – Hermione, tem um rapaz aqui procurando a Rosinha.
Hermione apareceu
na porta e ficou surpresa ao vê-lo.
– Escórpio? O que
está fazendo aqui?
– Desculpa, sra.
Weasley, eu preciso falar com a Rosa.
– Entre – Hermione
afastou-se para ele entrar.
Escórpio virou-se
e acenou para Zig, escondido atrás das begônias. Zig fez uma reverência e
sumiu. O garoto entrou na casa. A sala era espaçosa, com um sofá, algumas
poltronas, uma estante comportava uma televisão – que Escórpio nunca vira de
perto – e outros aparelhos que o garoto não conhecia.
– Sente-se,
querido – disse Hermione. – Rosa está na casa da avó, nas colinas. Vou enviar
uma mensagem.
Ela pegou a
varinha e uma lontra desapareceu pela janela fechada. Um senhor estava sentado
em uma das poltronas e observava Escórpio por cima do livro, que parara de ler.
– Ah, pai, mãe,
esse é Escórpio Malfoy, namorado da Rosa. Esses são meus pais, Richard e
Elisabeth Granger.
– Muito prazer –
disse Escórpio, pouco à vontade, no sofá.
– O que aconteceu
com seu rosto? – perguntou Hermione. – Peraí – ela saiu da sala, apressada.
– Quer um pouco de
chá? – perguntou a avó de Rosa, sorrindo.
– Obrigado, sra.
Granger – disse o garoto. A mulher serviu-lhe chá e Hermione voltou com uma
bolinha de algodão e um frasquinho de cristal. Umedeceu o algodão no líquido
âmbar e sentou-se ao lado de Escórpio.
– Vire-se – disse
ela e aplicou o remédio no lado da boca dele.
Escórpio
lembrou-se de sua mãe quando ele se machucava, jogando quadribol.
– Pronto – disse
Hermione, enquanto o machucado fechava-se.
Houve um barulho
na lareira e Rosa aterrissou no tapete. Ela levantou-se, ao mesmo tempo que
Escórpio e eles abraçaram-se. (Hugo aterrissou no tapete).
– O que aconteceu?
– perguntou Rosa, afastando-se de Escórpio.
– Meu pai me
expulsou de casa.
– Quê? – disseram
todos, em uníssono.
– Eu contei pra
todos que eu estou namorando você – explicou Escórpio. – Meu vô Lúcio ficou uma
fera, nós brigamos e meu pai me mandou embora.
– Ora, só porque
está namorado minha neta? – perguntou o sr. Granger. – Não tem menina melhor no
mundo.
– Eu sei, sr.
Granger.
– Pai, são coisas
complicadas entre os bruxos – disse Hermione.
– O que você vai
fazer? – perguntou Rosa a Escórpio.
– Eu não sei –
respondeu o garoto, sinceramente. – Eu não tenho um galeão. Meu pai não me deixou
pegar nada.
– Mãe, ele pode
ficar aqui? – perguntou Rosa, virando-se para mãe.
Hermione ficou
apreensiva.
– Você sabe como é
seu pai.
– Por falar nisso,
cadê ele? – perguntou Hugo, jogado no sofá, com o pote de biscoitos que estava
na mesa de centro.
– Teve uma
emergência no Ministério – disse Hermione. – Rosa, eu não posso dizer sim até falar com o Ron.
– Pelo menos até
amanhã – disse Rosa, suplicante.
– É, minha mãe
deve mandar dinheiro amanhã – disse Escórpio, olhando para ela.
– Vamos ver –
disse a mulher, pensando na reação do marido quando encontrasse Escórpio em
casa.
Escórpio estava
sentado na sala de estar dos Weasley, ao lado de Hugo, que jogava vídeo-game.
– Hugo, vai jogar
lá em cima – disse a irmã.
Ele deu pause no jogo. – Eu sei que querem que
eu saia pra poder se pegarem. Enquanto papai não chega, eu sou o homem da casa e
não vou deixar ninguém encostar na minha irmã – falou, virando-se para
Escórpio.
– Que bonitinho –
disse Rosa e abraçou-o, beijou-lhe a bochecha. – Me defendendo.
– Sai – Hugo
levantou-se e passou a mão na bochecha. – Vou pegar um suco.
Ele saiu e
Escórpio e Rosa aproximaram-se.
– Eu sinto muito
pela briga com sua família – disse Rosa, segurando a mão dele.
– Não é culpa sua
– disse ele, olhando-a nos olhos. Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da
orelha. – Estou feliz por estar com você. Vai ficar tudo bem.
Ele sorriu e ela
sorriu de volta. Os dois se beijaram.
– Hum, hum – fez
Hermione, entrando na sala. – Rosa, seu pai deve chegar a qualquer momento. Eu
vou tentar prepará-lo antes de dizer que o Escórpio está aqui.
– Mione? – chamou Rony, entrando pela
porta da cozinha. Hermione saiu da sala, fechando a porta de correr. Hugo
passou por ela, com a bandeja com os copos.
– Oi – disse o
marido, tirando o casaco cheio de neve. Ele deu um beijo na esposa. – Ah, foi
um horror. Soltaram explosivins na casa de uma moça com uma menininha. Sorte
que a criança não se queimou. A mãe queimou-se, tantando se livrar dos bichos.
Não conseguimos pegar ninguém. Mas tenho certeza que foi obra dos Skin Blacks.
– Ah, isso é
horrível – disse Hermione, balançando a cabeça.
– Tem alguma coisa
do almoço? – perguntou Rony, com uma careta.
Hermione puxou a
varinha e fez o empadão voar do forno até a mesa. Um prato e talheres pousaram
em frente a Rony, que se serviu.
– Cadê as crianças
e seus pais? Tá um silêncio.
Rony começou a
comer e Hermione disse que estavam lá em cima.
– O que aconteceu,
Mione? – perguntou Rony, ao perceber que ela ficou em pé perto do balcão, ao
invés de sentar com ele.
– Por quê? – ela
abriu a geladeira e encheu um copo de suco. O marido segurou a mão dela quando
pousou o copo ao lado do prato.
– Porque te
conheço. Tá ansiosa. – disse ele, tentando encontrar os olhos dela.
Hermione sentou-se
e olhou para ele.
– Olha só... Nós
temos uma visita.
– Quem?
– Promete que não
vai fazer uma cena...
– Mione.
– Escórpio.
Rony engasgou. –
Escórpio Malfoy aqui? – Ele
levantou-se e abriu a porta. Rosa, Escórpio e Hugo levantaram-se do sofá, em um
pulo. – O que está fazendo aqui? – perguntou o homem, encarando Escórpio.
– O pai dele o
expulsou de casa e ele não tem para onde ir – respondeu Hermione.
– Paraí, peraí –
Rony balançou a cabeça. – Ele quer ficar aqui?
– Depende. Se você
concordar.
– Não.
– Pai, por favor –
implorou Rosa.
– Quero ele fora
dessa casa agora mesmo!
– Ron, já está
escurecendo. E tem muita neve.
– Não adianta
fazer essa cara, Hermione. Não vou abrigar um Malfoy.
– Ronald, ele é um
garoto! O pai o expulsou porque ele decidiu assumir seu amor pela nossa filha.
Ele dorme aqui hoje e amanhã ele vai embora, não é, Escórpio?
– Sim, senhora –
disse Escórpio.
Rony olhou para
Hermione e ela lançou-lhe um olhar entre suplicante e fulminante.
– Tá. Mas ele
dorme na garagem.
– Mas a garagem é
fria – disse Rosa.
– Que congele o
rabo.
– Ron! –
repreendeu Hermione, enquanto o marido subia as escadas.
Rosa sorriu para
mãe, que sorriu de volta.
– Escórpio, venha
comigo, preciso falar com você – disse Hermione.
Escórpio olhou
para Rosa, que balançou afirmativamente a cabeça. Ele soltou a mão dela e
acompanhou Hermione pelo corredor que levava à biblioteca.
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Comentem para eu saber o que acharam. Knox!
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