Olá, bruxinhos e bruxinhas! Mais um capítulo. Deixem um comentário para eu saber o que acharam. E se puder, compartilhem com seus amigos.
Capítulo 3
No Beco Diagonal
O dia de comprar os
materiais para Hogwarts era sempre animado. Rosa acordou cedo. Sua mãe não
poderia ir com ela, mas seu pai estaria no Beco Diagonal, na Gemialidades
Weasley, e sua tia Angelina também estaria lá, acompanhando os próprios filhos.
Tia Gina estava na Bulgária, por isso os Potter também os encontrariam lá.
– E Victorie vai
começar a trabalhar na Madame Malkin – disse Hermione. – Vai ajudá-la com as
roupas.
– Não se preocupe,
mãe, posso me virar sozinha.
Hermione sorriu,
contrafeita.
Depois do café, Rosa,
Hugo e Rony desembarcaram na lareira do escritório da Gemialidades. Tio Jorge
levantou a cabeça e sorriu. Cumprimentou-os, animado. Ted entrou no escritório,
com os cabelos roxos, como o uniforme.
– Eaê? – ele bateu
nas mãos espalmadas de Hugo e de Rosa. – Os Potter já passaram por aqui. Estão
esperando vocês na Madame Malkin.
– Valeu, Ted. Vou
lá, pai.
– Certo – disse Rony.
Victorie sorriu,
cintilante, para os primos, quando eles entraram na Madame Malkin. Ela os
ajudou a ajustar as vestes, enquanto Lílian e Hugo observavam, invejosos. Mas,
depois, Rosa deixou o irmão comprar sorvete e uma blusa nova do Chudley Cannons,
na loja de esportes mágicos, com o dinheiro que o pai lhes deu.
🦉
Escórpio parou na
frente da Gemialidades, pensando em entrar. Ele nunca entrara na loja pois seu
pai não deixava. Vicente Goyle ou Rick Flint que compravam algo para ele. Mas
seu pai não estava ali e sua mãe estava no boticário. Ele empurrou a porta e
entrou. Estava cheia. Havia prateleiras cheias de Nugá Sangra-nariz, Vomitilhas,
Fantasias Debilitantes, Febricolates, Penas coloridas autocorretiva, capas da
invisibilidade, chapéus que murchavam as orelhas...
– Posso ajudar?
Escórpio
assustou-se. Virou-se e viu um rapaz de cabelo colorido que ele já vira no
jornal e na Plataforma nove e meia.
– Ahn... só estou
olhando... eu nunca tinha vindo aqui.
– Não? – Ted ficou
surpreso. Avaliou-o por uns segundos. – Ei, você é o garoto Malfoy?
– Sou. Escórpio
Malfoy.
– Sou Ted Lupin –
ele estendeu a mão. O menino apertou-a. – Não sei se sabe, mas somos primos.
Sua família não deve ter te contado sobre isso, claro... Sua avó Narcisa é irmã
da minha avó, Andrômeda.
Escórpio ficou surpreso. Ele sabia que sua avó
tinha uma irmã, mas ela morrera na Guerra. O menino prescrutou o primo à
procura de algum traço da família Black.
– Eu... desculpa...
– Malfoy? –
perguntou Tiago. Escórpio se virou. Rosa e os primos vinham entrando. –
Comprando mais Vomitilhas?
– Deixa ele,
Tiago – falou Rosa. – Oi, Escórpio.
– Oi. Eu já... ‘tava
indo.
O menino saiu,
rápido, da loja. Ele subiu a rua, com a cabeça baixa, pensando sobre o que
acabara de descobrir, e bateu em alguém.
– Querido – disse
Astoria –, estava procurando você. – Ela percebeu a expressão dele. – O que aconteceu?
– Mãe, por que a
vovó Narcisa não vê a irmã dela? Eu tenho um primo e nem sabia.
Astoria desviou o
olhar. Ela levou o filho para a Sorveteria Florean Fortescue e eles pediram
grandes sorvetes de chocolate.
– Bom, eu não deveria ser a pessoa a te contar
isso, querido, mas a família de seu pai não vai falar. Sua avó teve duas irmãs,
Bellatriz e Andrômeda. Andrômeda casou com um nascido-trouxa; eles se
conheceram em Hogwarts. E ela foi deserdada e banida da família.
– Mas... ela não
fez algo errado – disse ele, impressionado.
– Não. Ela só se
apaixonou por alguém que não tinha Sangue-puro, como a família queria. Sua avó,
Narcisa, casou com Lúcio Malfoy, que era de uma família Sangue-puro respeitada,
assim como sua tia-avó, Belatriz, casou com Rodolfo Lestrange.
Escórpio mexeu no
sorvete, se sentindo vazio.
– Papai casou com
você só porque você é Sangue-puro?
Astoria sorriu e passou a mão nos cabelos do filho.
– Seu pai mudou muito, depois da Guerra,
filho. Nós ficamos amigos e nos apaixonamos. Acredito que ele me ama. Do jeito
Draco Malfoy de amar, mas sim.
– Mesmo assim,
nunca falaram nada sobre a Andrômeda e o Ted.
– É – Astoria se
ajeitou na cadeira. – É um assunto complicado. Ainda mais pra falar com uma
criança.
– Não sou mais
criança.
– Claro, adulto
de doze anos.
– Vou falar com
meu pai – disse o menino, decidido. – Quero conhecer minha tia.
A expressão de
Astoria fechou. – Ele não vai gostar nada disso.
***


