Lumus! Olá, bruxinhas e bruxinhos! Mais uma parte para vocês. Espero que gostem. Deixem um comentário para eu saber o que acharam.
Rosa e Escórpio
Entre a serpente e a espada
Parte XXI
Quando Rosa atravessou os jardins para
ir à cabana de Hagrid, junto com Mary, Alvo e Lílian, havia muitos alunos por
ali, fazendo guerra de neve e uns primeiranistas faziam um boneco de neve.
– Não é o Escórpio ali? – perguntou
Mary, apontando em direção ao lago congelado. Rosa olhou para o lado e divisou
Escórpio sentado sozinho na neve com a varinha na mão.
– O que ele tá fazendo? – perguntou
Rosa, franzindo o cenho.
Eles continuaram até a casa do
guarda-caças. Bateram e Hagrid abriu. Eles não demoraram porque Hagrid iria
ajudar os outros professores com os últimos preparativos para o Baile. Quando
voltavam para o castelo, os quatro foram atingidos por bolas de neve.
– Ah – fez Rosa e ao se virar, viu
Tiago, Sagwa, Hugo e Pixie parados mais adiante com bolas preparadas para
atirar.
Rosa, Mary, Alvo e Lílian também
atiraram bolas contra eles e a guerra começou. Ao correr em direção ao lago para
se proteger, Rosa viu Escórpio ainda sentado à beira do lago. Ela abaixou-se,
pegou uma pelota de neve e arremessou contra ele. Escórpio virou-se,
baratinado, e viu Rosa rindo dele.
– Tá tentando morrer congelado? –
perguntou ela, aproximando-se.
Escórpio estava sentado sobre um manto
verde com o escudo da Sonserina e enrolado na manta xadrez verde e prata que
levara para o piquenique em Majorca.
– Seria bom, né? Perder toda a
sensibilidade – Escórpio olhou para Rosa e esticou o braço, segurando a ponta da
manta como uma asa de morcego. A garota entendeu que ele queria que ela
sentasse ao seu lado. Rosa olhou por cima do ombro para seu irmão, primos e
amigos ainda entretidos com a guerra de neve. Ela sentou-se ao lado de
Escórpio, que passou o braço pelos ombros dela, cobrindo-a. A manta sobre o
chão estava seca, indicando que Escórpio lançara um Feitiço Impermeabilizante.
– Recebi seu bilhete – disse Rosa.
Escórpio não disse nada, ficou fitando
a superfície do lado congelado. Ele enviara um bilhete para Rosa, pedindo uma
dança no baile.
– Então vai ficar em Hogwarts no
Natal?
– Não. Vou pra casa. Meus avós vêm
todos os anos. – Escórpio olhou para Rosa e os olhos azuis dele se destacavam
no rosto vermelho fustigado pelo frio. Por um momento, a garota achou que ele
ia beijá-la. – Vamos terminar a escola ano que vem. E se a gente nunca mais se
encontrar?
– Por que tá falando isso? – perguntou
Rosa, horrorizada.
– É uma possibilidade. Promete que
nunca vai me esquecer? – Rosa olhou para as mãos no colo. – Rô...
– Você tá desistindo? – Rosa olhou
para Escórpio, que sustentou o olhar. – Você é... é... um imbecil. – Ela
começou a bater nele. – Um covarde, Escórpio Malfoy...
O garoto não se defendeu.
– Um... um... idiota – Rosa
levantou-se. – Então fica aí. Tomara que... que você morra!
Escórpio levantou-se e Rosa achou que
ele ia bater nela. Recuou.
– O que você quer que eu faça? –
berrou ele e todos no jardim olharam para eles. – Seu pai me odeia e meu pai te
odeia!
– Não sei o que você faria. Mas eu
estava disposta a lutar se você se decidisse – gritou Rosa. E saiu correndo em
direção ao castelo.
Faltavam duas horas para o baile e
Rosa ainda não começara a se arrumar. Mary tentava alisar o cabelo com uma
poção alisadora e um Feitiço Alisador; Ciola Thomas estava à beira de um ataque
de lágrimas porque seus cabelos não cacheavam; Ania Coote reclamava dos sapatos
não combinarem com o vestido e Serena Finnigan não conseguia entrar no vestido.
– Ai, será que eu engordei? –
perguntou Serena, desesperada. – Não é possível. Acho que Fred vai ficar sem
par – ela jogou-se na cama.
– Rosa, levanta daí – disse Mary. –
Você vai deixar Edmundo Corner esperando?
– Depois do Escórpio, ele é o cara
mais bonito da escola – disse Ania. – Você tem sorte! Como a profa. Greengrass
consegue mudar a cor do chapéu tão fácil? – Ela estocava os sapatos com a
varinha.
– Me dá aqui – disse Rosa e com um
toque da varinha fez os sapatos de Ania ficarem rosa como o vestido. – Tenta um
feitiço criador de pontes, Ciola. E passa isso aqui – a garota entregou um pote
de poção fixadora que Victoire lhe dera.
Rosa virou-se para Serena.
– Vamos tentar um feitiço extensor –
Rosa tocou o vestido da colega e ele ajustou-se perfeitamente ao corpo da
garota.
– E Mary, você deveria aproveitar seus cachos e não se livrar deles.
Passa a Poção Permanente e o Feitiço Criador de Pontes da Vick. Vai ficar
lindo.
– Valeu, amiga.
– Obrigada, Rosa!
– Você é demais!
– A melhor.
Uma a uma, as meninas a abraçaram,
agradecidas. Rosa pegou o vestido sobre a cama e suspirou. Não estava com
vontade de ir àquele baile.
– Vamos, anima – disse Mary ao ver a
expressão de Rosa.
A garota vestiu o vestido
azul-piscina, calçou os sapatos de salto pretos, presente da vovó Elisa,
prendeu os cabelos de um lado e Mary a maquiou.
– Você tá linda! – disse Mary,
sorrindo, e as duas foram as últimas a sair do quarto.
Alvo estava esperando por Mary, na
Sala Comunal, com suas vestes a rigor pretas.
– Você tá linda – disse ele a Mary,
sorrindo.
– Obrigada – disse Mary, ruborizando.
– Você também tá lindo.
Alvo estendeu o braço para ela. Rosa
acompanhou-os, lembrando-se que não combinara com Edmundo onde encontrá-lo. Mas
ele estava esperando-a, em um elegante terno azul-marinho do século XX, no alto
da escada de mármore.
– Você está linda – disse ele,
sorrindo.
Enquanto desciam as escadas, Rosa viu
Escórpio ao lado de Melina, ele com vestes a rigor azul-celeste e ela com um
vestido azul-claro, com bordados de bronze. Escórpio olhou para Rosa com uma
expressão que ela não soube decifrar.
O salão Principal estava decorado com
as cores das quatro Casas e pequenas mesas tinham sido postas a um lado da
parede. Do outro, havia uma das mesas longas, repleta de petiscos. No meio,
ficara um espaço para dançar. A mesa dos professores fora removida e o lugar se
transformara em um palco. O teto exibia um céu pálido e nublado e neve caía
dele, mas não chegava ao chão.
Duas mulheres, conhecidas como a dupla
Swing, subiram ao palco. Aine era magra e alta, com cabelos a la Elvira, e Jill era gorda e baixa,
de cabelos revoltos.
– Boa noite, pessoal! – gritaram elas
e todo mundo gritou. – UHU! Vamos começar a nossa festa com “Se olhares fossem
feitiços” – anunciou Aine.
Elas começaram a tocar e muitos casais
encheram o meio do Salão.
– Você se importa de esperarmos a
próxima? – perguntou Rosa, bem perto do ouvido de Edmundo. – Eu quero sentar.
– Ah, tá ok – disse ele, frustrado. Os
dois acharam uma mesa vazia e se sentaram.
Pouco antes da música terminar, Tiago
apareceu, trazendo Lílian pelo braço.
– Você vai ficar aqui! – disse ele,
empurrando com rispidez em uma cadeira ao lado de Rosa. – Que absurdo! Beijando
o Diggory na frente de todo mundo!
– Por que você pode beijar ela –
Lílian apontou para Sagwa, que seguira os dois – em qualquer lugar?
– Você é uma criança e ele é mais
velho que você!
– Eu não sou criança e você não é meu
pai, Tiago Sirius.
– Deixa ela, Ti – pediu Sagwa,
tentando acalmá-lo.
– Fica quieta – disse Tiago, ríspido. Sagwa
ficou ofendida, virou-se e saiu. Tiago percebeu o erro e foi atrás dela.
Lílian levantou-se e sumiu entre os
estudantes que dançavam.
– Vamos dançar? – perguntou Edmundo e
Rosa assustou-se, esquecera que ele estava ali. A garota pensou em recusar, mas
ela o tinha convidado; ele poderia estar se divertindo com outra garota.
– Vamos – respondeu Rosa, sorrindo
amarelo.
A Swing estava tocando uma música
lenta e os casais dançavam abraçados. Edmundo colocou os braços em torno da
cintura de Rosa e ela não teve alternativa a não ser colocar os braços em torno
do pescoço dele.
– Seu perfume é ótimo – disse Edmundo,
no ouvido de Rosa.
– Obrigada – disse ela, sem graça.
Enquanto isso, Escórpio dançou a
primeira música com Melina, mas quando começou a segunda e ele viu Rosa e
Edmundo entrarem na pista, achou melhor dar uma volta.
– Desculpa, Mel, mas eu preciso ir ao
banheiro – disse Escórpio e saiu. Melina foi sentar-se em uma das mesas
desocupadas.
– Sozinha? – perguntou Hercule
MacMillan, aproximando-se.
– É – disse Melina e ele estendeu-lhe
a mão. Os dois saíram para o meio do Salão.
Escórpio passou por Tiago e Sagwa, que
discutiam no Saguão de Entrada, subiu as escadas de mármore e sentou-se no
primeiro degrau.
– Você gritou comigo! – dizia Sagwa,
aborrecida. – Você não pode falar assim comigo.
– Desculpa, Sa – implorou Tiago. – Eu
tava aborrecido com Lílian.
– Ela não estava fazendo nada demais.
– Mas ela só tem catorze anos.
– E daí? Eu tinha catorze quando
começamos a namorar.
– Mas eu não falto respeito com você.
Eu sou homem, sei como Diggory tá pensando quando tá com minha irmã.
– Você é um devasso, Potter – disse
Sagwa, enojada, e saiu balançando os cabelos negros.
– Espera, Sagwa Cho Corner! – Tiago
subiu as escadas atrás dela. – Não pode terminar comigo. Seus pais vão lá em
casa no Natal. Eu vou pedir sua mão.
Escórpio ficou sentado na escada
pensando que gostaria que gostaria que Rosa estivesse com ele, mesmo se
brigassem. Claro preferia beijá-la, mas qualquer coisa valia para estar com
ela.
– Hyp? – perguntou a profa.
Greengrass, em um longo vestido verde com estrelas pratas, parando no pé da
escada, vindo das masmorras. – O que está fazendo aqui sozinho? – Ela subiu e
sentou-se ao lado do sobrinho.
– Eu tô me sentindo sozinho – disse
Escórpio.
– Por causa da Rosa? – ele olhou para
ela. – Tá pensando que eu não sei tudo que tá acontecendo? Aliás, deveria
confiar mais em sua madrinha – ela pareceu ofendida. – Sabe, Hyp, eu também fui
criada com esse discurso dos sangue-puro. Eu estava aqui, na guerra. Eu decidi
que iria ficar aqui como professora para mostrar aos jovens que esse não é o
caminho. A aceitação das diferenças é o antídoto para o veneno da guerra. Seu
avô não gostou. Queria que eu casasse com algum sangue-puro rico, mas eu queria
mais. Ah, não estou falando que Tori está errada por ter casado com seu pai –
acrescentou para se explicar melhor.
– Eu entendi, tia – disse Escórpio,
sorrindo.
– Sua mãe é feliz sendo esposa e mãe,
mas eu precisava sentir que estava fazendo algo pelo mundo bruxo, para evitar
mais sofrimento. Eu fiz minha escolha. Nunca ofendi meu pai ao dizer “não”, mas
se eu não dissesse não seria feliz.
Escórpio olhou para tia Dafne e tentou
imaginá-la como alguém infeliz. Os olhos dela brilhavam e o sorriso era
contagioso.
– A senhora quer dizer que eu deveria
escolher ficar com a Rosa e enfrentar meu pai? – perguntou ele.
– Pese as consequências de cada
escolha e vai saber qual a melhor – a profa. Greengrass levantou-se e desceu as
escadas.
No salão Principal, o Baile
continuava. A Swing continuava tocando.
Depois de dançar com Edmundo, Rosa foi
sentar-se a uma mesa enquanto o garoto foi pegar umas bebidas. Na mesa de trás
havia um grupo de alunos da Sonserina, inclusive Evelyn.
– É igualzinha a mãe – disse Evelyn,
alto o suficiente para se fazer ouvir. – Sempre querendo um namorado com
potencial para fazer fama no quadribol, para tentar esconder o sangue sujo. Uma
maria-balaço. – As outras riram.
Rosa sentiu o ódio subir em espiral.
Evelyn estava falando da mãe dela. Ela já ia levantar, mas Edmundo chegou
acompanhado de Sean. Rosa pegou o copo que Edmundo lhe estendia e bebeu para
engolir o nó na garganta.
Depois de mais uma música agitada,
Jill perguntou:
– E aí, se divertindo? – todos
gritaram. – Mais uma balada pra vocês!
– Posso pedir seu par emprestado por
uma música? – perguntou Sean a Edmundo.
– Se ela quiser – disse ele.
– Vamos? – perguntou Sean, estendendo
a mão para Rosa. A garota levantou-se, apenas para ficar longe de Evelyn.
Escórpio voltou para o Salão quando a
música começou. Melina estava ao lado da mesa de lanches, conversando com
Lizzie. Escórpio foi até ela e puxou-a para pista de dança.
– Você tá ainda mais linda hoje –
disse Sean a Rosa, sorrindo.
– Obrigada – disse ela, entediada.
– Sabe, agora que você está de fato
livre, a gente poderia sair daqui e...
– Quem disse que estou livre? – perguntou
Rosa, olhando para ele.
– Todo mundo sabe que você e Malfoy
terminaram – Sean apertou o abraço em torno da cintura de Rosa. – Então...
– Não! – Rosa tentou afastá-lo. – Eu
te dei uma chance e você me traiu.
– Larga ela, Wood – disse Escórpio,
puxando Sean pelos ombros e empurrando-o.
– Fica fora disso, Malfoy – gritou
Sean e todo mundo parou de dançar para observá-los. A Swing parou de tocar.
– Rosa é minha namorada – gritou
Escórpio e olhou para Rosa, que o encarou. Ele puxou a varinha e Sean também.
(A profa. McGonagall, parada ali perto, adiantou-se, mas Dafne deteve-a).
Escórpio apontou a varinha para a própria garganta.
– Desculpa, Aine e Jill – disse ele,
olhando para as cantoras. – Vou roubar um pouco a atenção. Porque eu quero
dizer uma coisa a Rosa Weasley – ele olhou para ela. – Desculpa, Rô, por eu ser
um idiota covarde enquanto você é linda, inteligente, talentosa e com um grande
coração. Eu quero dizer aqui, na frente de todo mundo, que adoro o jeito que
você sorri e aparecem covinhas nas suas bochechas, seus olhos avelã. E o jeito
que você fica concentrada na aula de História da Magia, que ninguém aguenta.
O prof. Binns, flutuando por ali,
ficou ofendido.
– E a sua mania de decorar tudo que
lê...
– Ôh papo chato! – gritou Marcel
Pucey, do meio dos estudantes.
– CALA A BOCA, PUCEY! – disse a
maioria das pessoas, inclusive da Sonserina. Todos ficaram quietos e Marcel,
vermelho.
– Eu escolho você, Rosa – continuou
Escórpio, olhando para a garota a alguns passos dele. – Eu deixo todo o resto de
lado por você. Não me importo que sua mãe seja nascida trouxa. Eu simplesmente
agradeço por ela ter nascido. Porque sem ela você não existiria. E se minha
família quiser me renegar, eu não ligo. Porque meus filhos vão ter sangue
trouxa, eles querendo ou não. É com você que imagino meu futuro. Então, Rosa
Weasley, volta pra mim. Aceita ser minha namorada pra sempre? – Escórpio
apontou a varinha para a garganta, bloqueando o feitiço amplificador e esperou.
Rosa ficou parada, alguns segundos,
fitando-o e correu para os braços dele. Os dois abraçaram-se e se beijaram, sem
se importar com a multidão olhando. No mundo deles só ouviam um barulho
distante de palmas.
Rosa e Escórpio afastaram-se, ainda
abraçados, sorrindo um para o outro.
– Eu te amo – disse Rosa.
– Eu te amo demais – disse Escórpio e
levantando Rosa do chão, girou com ela.
Uma balada romântica tocava agora e
eles dançaram abraçados.
– Fomos jogados para escanteio, né? –
disse Melina, sentando-se ao lado de Edmundo. Eles ficaram observando Rosa e Escórpio.
– Ela nunca quis vim comigo – disse
ele, resignado.
– Quer dançar? – perguntou Melina.
– Ahn... – ele olhou para ela. –
Claro. – De mãos dadas, os dois foram para pista de dança.
Volta com a fanfic por favor
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