Lumus! Olá, bruxinhos e bruxinhas! Mais uma parte postada. Espero que gostem. Comentem para eu saber o que acharam.
Rosa e Escórpio
Entre a serpente e a espada
Parte XX
Depois da aula de Poções, Rosa Alvo e
Mary foram para o Salão Principal almoçar. Escórpio apareceu no Saguão junto
com Sean, que vinha dos jardins, e Bruno, que se atrasara na sala da profa.
Madley.
– Rosa – chamaram os três, ao mesmo
tempo, e foram até ela.
– O que vocês querem com ela? –
perguntou Sean, na defensiva.
– O que você quer com ela? – rebateu
Escórpio.
– Vim confirmar se ela vai ao baile
comigo.
– Claro que não. Você é um idiota que
a traiu. Ela vai comigo, né, Rô?
– Peraí, também quero convidá-la para
ir ao Baile – disse Bruno.
– Sai daí, Finch-Fletchey – disse
Sean.
– Por que? – Bruno puxou a varinha.
– Ui, que meda – disse Sean.
– Podem ir embora – disse Escórpio.
– Deixa ela escolher – sugeriu Bruno e
os três viraram-se para Rosa.
– Ahn – disse ela e viu Edmundo
Corner, artilheiro e capitão do time da Corvinal, passando para o Salão. – Ed – ela chamou.
– Ah, oi, Rosa – disse ele, sorrindo.
– Nós vamos ao Baile juntos, né? Você
me convidou na última aula de Feitiços – Rosa tentou deixar implícito que era
para ele responder "sim" e Edmundo percebeu os garotos ao redor dela.
– Foi – disse ele, sorrindo. – Vai ser
ótimo – Edmundo piscou para ela e seguiu seu caminho.
– Desculpa, garotos – disse Rosa e
saiu andando o mais rápido que pode.
Escórpio estava anormalmente calado
quando Rosa se reuniu a ele em um horário vago em comum, na biblioteca, para
terminarem o texto da diretora.
– Vai me dar um gelo agora, é? –
perguntou Rosa, aborrecida.
– Não – disse Escórpio com os olhos no
pergaminho a sua frente. – É que minha felicidade é tão grande que nem consigo
expressar em palavras. – Ele empurrou o pergaminho para Rosa. – Acho que
terminamos – falou, mal-humorado.
– Eu nunca prometi ir ao Baile com
você – disse Rosa.
– E quem se importa com esse Baile
idiota? – perguntou Escórpio, jogando suas coisas dentro da mochila.
– Tá parecendo uma criança mimada –
disse Rosa, sorrindo, mas Escórpio lançou-lhe um olhar carrancudo.
– Desculpa, srta. Weasley, se eu não
sou tão maduro quanto seu namoradinho Corner, que explode latas de lixo.
– Ed não é meu namorado - disse Rosa,
guardando suas coisas na mochila também.
– Ed
– bufou Escórpio, desdenhoso. – Espero que sejam felizes – ele levantou-se,
pegando o texto e saiu.
–
Espera – disse Rosa, indo atrás dele. – Escórpio – ela alcançou-o e parou a sua
frente –, você não pode exigir nada de mim enquanto não decidir o que de fato
você quer.
– Enquanto isso você se diverte com
todos os times de quadribol da escola.
Rosa deu-lhe um tapa na cara. – Você
não tem o direito de falar assim comigo, Malfoy – disse Rosa, com a voz
embargada e saiu correndo antes que começasse a chorar na frente de Escórpio.
– Droga – disse o garoto, arrependido,
e correu atrás de Rosa. – Espera, Rô. Rosa! –ele alcançou-a no andar de cima.
Ele segurou-a.
– Me solta, Malfoy! – disse Rosa,
debatendo-se, tentando alcançar a varinha.
– Desculpa. Desculpa por eu ser um imbecil.
Não quis dizer aquilo.
– Mas disse! Me larga!
– Para!
– Eu vou gritar!
– Ótimo – disse o garoto. – Assim vamos
para a diretoria de novo.
– O que você quer? – perguntou Rosa,
parando de lutar e encarando-o. Percebeu que foi uma péssima ideia – aquele olhar
celeste a fez desmoronar.
– Eu quero você – disse ele. Eles
fecharam os olhos e encostaram uma testa na outra, sentindo a respiração um do
outro.
– Por que não disse isso a seu pai?
Sabe que isso é impossível.
– O impossível está atrás da linha do
impossível, é só a gente atravessar.
– Estar com você me machuca mais do que
eu posso aguentar – disse Rosa, abrindo os olhos e eles afastaram as cabeças
uma da outra.
– E isso me mata como se eu estivesse
sendo atacado por um dragão – disse Escórpio, agora segurando as mãos de Rosa
entrelaçadas nas dele, na altura do queixo dela.
– Hum hum – fez alguém e os dois
olharam para o lado. A profa. Dafne estava parada a alguns passos. – Corredor
não é lugar para namorar – disse ela, séria, mas meio sorrindo.
Escórpio afastou-se de Rosa, mas ainda
segurando sua mão.
– A gente não estava namorando, tia,
quer dizer, professora – disse ele.
– Não era o que parecia. Por que não estão
na aula?
– Horário vago – disse Rosa.
– Ah. Vamos, circulando – disse a
profa. Greengrass.
Escórpio e Rosa saíram, mas o garoto
parou.
–
Ah, professora, a diretora está na sala dela? Temos que entregar o texto que
ela pediu.
– Está. A senha é "tritão de
gengibre".
– Obrigado – Escórpio e Rosa saíram de
mãos dadas.
– Agora sua tia vai achar que a gente
estava se agarrando no corredor – disse Rosa, enquanto subiam para sala da
diretora.
– Pena que não é verdade – disse
Escórpio, sorrindo. Rosa deu um tapa de leve, no braço dele, fingindo estar
aborrecida, e sorriu também.
Dezembro estendeu-se sobre Hogwarts e um manto
branco cobriu os terrenos. Os estudantes eram vistos nos corredores sempre bem
agasalhados, com luvas e cachecóis para se proteger das correntes de ar que
entravam pelas janelas. O Salão Principal já estava decorado com as
tradicionais doze árvores. E havia pés de azevinho e visgo nos corredores. O
que aliás tinha se tornado uma consternação para Betezaida. Os casais achavam
as plantas um convite à chance de se beijarem escondidos. A bruxa pegava o
menino e a menina que encontrasse e os fazia limpar todos os banheiros.
Hugo e Pixie foram pegos e a garota
ficou deprimida por ter quebrado todas as unhas. E deu um gelo de três dias no
namorado como se ela não tivesse culpa na transgressão.
Tiago e Sagwa também quase foram
pegos, uma noite, mas o garoto tinha um Pó Escurecedor do Peru e soltou-o
deixando Betezaida baratinada. Os dois correram para suas salas comunais – ela
para a da Corvinal. A partida Corvinal versus
Lufa-lufa ocorreu no primeiro fim de semana de Dezembro e todos ficaram
agradecidos por Sagwa ter capturado logo o pomo para que pudessem voltar ao
castelo e se aquecer.
– Então, Escórpio – disse Evelyn,
sentando-se ao lado do garoto, no café da manhã. – Ouvi dizer que não tem par
para o Baile.
– É – disse Escórpio, comendo uma
torrada.
– Também estou sem par – disse Evelyn.
– Não quer ir comigo?
– Não, obrigado – disse o garoto e
levantou-se, pegando a mochila.
Ele saiu do Salão e viu Melina Krum,
artilheira e capitã do time da Corvinal.
– Melina – chamou Escórpio.
– Oi, Escórpio.
O grupinho de Melina, que incluía
Sagwa, Lizzie Fawcett-Stebbins e Sheeva Patil-Volant, esperavam por ela.
– Quer ir ao baile comigo?
– Ahn, é, pode ser – disse Melina. –
Mas e a Rosa Weasley? – É claro que ela sabia que Rosa ia com o irmão mas
queria ter certeza.
– Ela vai com o Corner e não estamos
mais juntos – respondeu Escórpio. – A gente se vê.
– Ok – disse Melina e foi se juntar às
amigas.
– Soube da última? – perguntou Mary a Rosa, no
jantar. – Escórpio convidou a Krum pro Baile. Tá todo mundo comentando.
Rosa sentiu como se um caldeirão de
poção borbulhasse em sua garganta, apertou com força os talheres e respirou
fundo.
– Problema dele – disse Rosa,
colocando uma força extra para cortar o frango em seu prato.
Rosa tentou manter a calma, mas quando
saiu do Salão viu que Escórpio estava conversando com Melina enquanto saíam.
Ela abriu caminho até ele e pegou o braço dele.
– Licença – disse a Melina e puxou
Escórpio escada acima.
No primeiro patamar, afastados do caminho
dos outros, Rosa parou e soltou o garoto.
– Melina Krum? – perguntou ela,
possessa.
– Calma, Weasley. Daqui a pouco vai
sair fumaça do seu nariz – brincou Escórpio. – Você não pode exigir nada de
mim. Não temos mais nada, né?
– Você cheira a desespero, Malfoy.
– Quem cheira a desespero é você. Foi
você que chamou o Ed para ir ao Baile primeiro.
Eles encararam-se.
– Ótimo – disse ela. – Fique com a
Krum. Talvez o pai dela te consiga um lugar em algum time de quadribol.
– Ora, agora eu tô com ela por
interesse.
– Ah, vai te catar, Malfoy – disse
Rosa e subiu as escadas para o próximo patamar.
– Louca – gritou Escórpio. – É o que
você é, Weasley. – E sorriu enquanto a observava desaparecer entre os colegas
que subiam as escadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por enviar uma coruja!