Lumus! Mais um capítulo da fanfic para vocês, bruxinhos e bruxinhas. Gostaria de agradecer às pessoas que estão lendo. Obrigada por gastarem seu tempo lendo essa história; fico feliz que estejam gostando.
Rosa e Escórpio
Entre a serpente
e a espada
Parte XV
– Ah, meu
Deus! – gritou Rosa, apertando o braço de Mary ao seu lado, olhando para
Malfoy.
A Profª
Rowling, porém, ergueu a varinha e apontou para Escórpio, fazendo-o chegar ao
chão, vagarosamente.
– Sr. Wood, o
que está fazendo? – gritou ela. – Vamos conversar depois.
As pessoas
estavam começando a convergir ao campo. A profª McGonagall chegou à frente
quando a profª Rowling conjurava uma maca para Escórpio. A diretora pediu que
as pessoas saíssem da frente, enquanto a professora levitava a maca com o
garoto em direção ao castelo.
– Por que você
tinha que atacá-lo? – perguntou Rosa, furiosa, a Sean.
– Porque ele
fica falando coisas de você – disse Hugo. – Como se fosse uma qualquer.
– Cala a boca!
– gritou Rosa.
– Relação ilegítima – repetiu Tiago. – É
como se ele só estivesse se divertindo com você.
– Acertasse o
Pucey. Foi ele que disse isso!
As pessoas
estavam espalhadas pelo gramado, cochichando. Rosa virou as costas para os
meninos e saiu correndo em direção ao castelo. Desabalada, ela passou pelas
portas do Saguão de Entrada, pedindo desculpas às pessoas nas quais esbarrava e
parou derrapando à porta da enfermaria. Respirou pesadamente e ouviu vozes no
interior da sala.
– Wood tem que
ser castigado, diretora! – dizia Rick Flint, aborrecido.
– E aquele
Potter e a Weasley – Rosa ouviu a voz de Evelyn. – São todos horríveis.
– Farei o que
tenho que fazer – respondeu a voz dura da profª McGonagall.
– Isso
significa proteger os alunos da Grifinória? – perguntou Evelyn, contestadora.
– Como se
atreve, srta. Pucey! Eu sou totalmente imparcial no trato com meus alunos. Os
alunos da Grifinória não estão acima dos da Sonserina; muito menos quando se
portam mal, ora essa.
– Acho melhor
todo mundo sair – disse Madame Pomfrey. – O sr. Malfoy precisa de sossego.
Vamos, vamos.
Os alunos do
time da Sonserina e Evelyn saíram da enfermaria com cara de poucos amigos.
– O que está
fazendo aqui, coisinha? – perguntou Evelyn, com desprezo, ao ver Rosa parada na
porta, descabelada e aflita.
– É do meu
fã-clube para querer saber o que ando fazendo? – retrucou Rosa e entrou na
enfermaria antes que Evelyn pudesse responder.
Rosa
aproximou-se timidamente da cama onde Escórpio estava deitado, assistido por
Madame Pomfrey. As professoras Rowling e McGonagall olharam para ela.
– Ele vai
ficar bem? – perguntou Rosa, olhando para o garoto pálido com bandagens ao
redor da cabeça, deitado a sua frente.
– Vai, sim –
respondeu Madame Pomfrey. – Foi um golpe forte, mas, felizmente, não quebrou
nada. Ele está inconsciente, mas deve acordar nas próximas horas.
As professoras
despediram-se e saíram. Rosa pediu para ficar. Ela aproximou-se da cama e
passou a mão sobre os cabelos loiros do topo da cabeça de Escórpio. Madame
Pomfrey foi para sala dela e fechou a porta. Rosa puxou uma cadeira, sentou-se
e segurou a mão de Escórpio. Fitou o rosto do garoto, apreensiva.
– Rosa? –
chamou alguém. Rosa abriu os olhos, levantou a cabeça dos braços – tinha
adormecido debruçada na cama de Escórpio. Olhou ao redor e percebeu que já era
noite; as luzes estavam acesas.
Sentiu um
aperto na mão e olhou para cima. Escórpio estava sorrindo para ela.
– Ah, que bom
– exclamou ela, sorrindo.
– O que
aconteceu? – perguntou Escórpio, levantando a mão até a cabeça.
– Sean acertou
um balaço em você – disse Rosa.
– E você ficou
aqui desde a hora do jogo? – perguntou ele, levantando um pouco o tronco e
encostou-se na cabeceira da cama. Rosa ruborizou. – Ficou preocupada? – ele
ergueu as sobrancelhas. – Pensei que me odiasse.
– Não
significa que estamos bem de novo – disse Rosa, cruzando os braços.
– Não esperava
isso – disse Escórpio e olhou para o teto. – Eu poderia ter morrido, né? Aí
você poderia se tornar a srª Wood ou a srª Finch-Fletchey.
– Não seja
bobo! – disse Rosa, pondo-se de pé. – Você que arranjou logo outra.
Rosa estava se
referindo ao fato de Escórpio estar com Melina, em Hogsmeade, no fim de semana
anterior.
– Porque você
disse que me odiava – defendeu-se Esccórpio. – Queria te fazer ciúmes. Não
tenho nada com ela.
– Sério? –
perguntou Rosa. Escórpio pegou a mão dela e olhou-a nos olhos.
– Você é a
garota mais importante pra mim, não entende isso? Eu sei que fui um idiota de
não ter dito isso a meu pai em Majorca, mas eu... – ele olhou para baixo. – Eu
tive medo.
– E não vou
pedir para enfrentar seu pai – disse Rosa, colocando a mão sob o queixo de Escórpio.
Ele olhou para ela. – Mas eu posso esperar até você decidir contar tudo a ele.
– Escórpio abraçou Rosa pela cintura.
– Ah, acordou
– disse Madame Pomfrey, sobressaltando-os. Ela veio até o leito. – Ótimo,
parece melhor. Agora vai ter que sair – falou para Rosa. – É hora do jantar; a
senhorita deveria estar no Salão Principal.
Escórpio
beijou a mão de Rosa, antes da garota ser empurrada para fora pela enfermeira.
No dia
seguinte, depois do café da manhã, Rosa foi para a ala hospitalar visitar
Escórpio. Ao chegar à porta, entreaberta, Rosa ouviu a voz arrastada do sr.
Malfoy.
– Se insistir
com isso, vou mandá-lo para Durmstrang, amanhã mesmo!
– Mas, pai...
– Você não vai
manchar o nome da nossa família casando com essa menina. – Houve o barulho de
um tapa.
– Ninguém
falou em casamento, Draco. É um namoro de colégio – disse Astoria, aborrecida.
– O menino está doente. Deixe-o em paz.
– Está doente
mesmo achando que eu iria concordar com isso! Você não estava saindo com a
filha do Krum? Ela, sim, é garota pra você. Ou a filha do Pucey. Entendeu,
Escórpio Hyperion?
– Entendi –
disse Escórpio, olhando para baixo.
– Ótimo. Vamos
esquecer que tivemos essa conversa e que, alguma vez, teve alguma coisa com
aquela... menina. Entendeu?
– Entendi,
pai.
Rosa ouviu a
concordância de Escórpio e saiu correndo. No corredor acima, jogou-se atrás de
uma armadura e chorou. Depois do que pareceram horas, alguém chamou o nome
dela. Era Lílian. A prima encontrou-a e os outros vieram atrás dela.
– O que
aconteceu? – Rosa ouviu a voz de Tiago. Ele sentou a seu lado e passou o braço
pelos seus ombros, mas ela continuou com o rosto nos braços.
– Rô? – disse
Alvo, do lado esquerdo.
– Foi aquele
idiota de novo? – perguntou Hugo. Rosa levantou a cabeça e enxugou as lágrimas.
Hugo e Lílian estavam ajoelhados a sua frente.
– Eu... eu...
sou uma id-idiota – disse Rosa. Alvo entregou um lenço a ela. – Acreditei no
Escórpio e ele simplesmente me negou pro pai dele!
– Ele não te
ama de verdade ou enfrentaria o mundo por você – falou Lílian.
– O que você
sabe sobre isso, piralha? – disse Tiago, levantando as sobrancelhas.
– Mais do que
você pensa – disse Lílian, jogando os cabelos para trás, igual a mãe fazia.
– Concordo com
a Lily – disse Alvo a Rosa. – Aquele Malfoy não merece você.
– Sean deveria
ter partido a cabeça dele – disse Hugo, flexionando os dedos. – Mas eu vou
lavar sua honra com sangue.
– Não seja
tolo! – disse Rosa e afagou os cabelos dele, sorrindo. – Deixa pra lá. Ele só
merece meu desprezo.
– Isso mesmo –
disse Tiago. – Você é minha prima mais bonita e inteligente e merece o melhor
cara do mundo.
– Valeu, Ti.
– Só não conta
pra Molly, Lucy, Roxane, Dominique e, principalmente, Victorie. Elas iam morrer
de ciúmes.
Rosa meio que
sorriu. Alvo disse que o dia estava claro e eles deveriam sair para passear, ir
até a cabana de Hagrid. Os cinco saíram, Alvo abraçando Rosa. Hugo começou a
contar uma piada nova que aprendera com tio Jorge.
Escórpio
tentou chamar a atenção de Rosa durante toda a aula de História da Magia, mas
ele ignorou-o, com a cabeça baixa fazendo anotações freneticamente.
– Rô – chamou
ele quando a aula termino. (O prof. Binns atravessou o quadro negro e
desapareceu.)
Ela lançou-lhe
um olhar de desprezo e saiu, enquanto Alvo e Mary bloqueavam a passagem dele.
Escórpio xingou, impaciente.
–
Deixa ela em paz – disse Alvo.
– Ela não quer
falar com você – emendou Mary.
– Por que?
– Como se não
soubesse. Vamos, Al – disse Mary e os dois saíram. Escórpio ficou parado lá,
confuso.
Escórpio tinha
quase certeza que Rosa ouvira sua conversa com o pai, por isso não queria falar
com ele. O garoto tentou interceptá-la nos corredores, almoços e jantares e
sempre que podia, ia à biblioteca. Mas Rosa estava sempre com alguém, como uma
espécie de segurança. Escórpio estava furioso pelo desprezo de Rosa, por não
estar dando conta dos deveres, trabalhos e pelo rendimento do time de quadribol
estar caindo.
– Se
continuarmos assim vamos perder para Lufa-lufa – disse Lemon Derrick, goleiro
do time, depois do treino. – Pra Lufa-lufa. Vai ser muita humilhação.
Todos estavam
encharcados pela chuva de Novembro e sujos de lama.
– Talvez se o
nosso capitão se concentrasse mais nas táticas – resmungou Clive Montague, um
dos batedoress, enquanto entravam no castelo e atravessavam o saguão para
entrada das masmorras.
– É tudo culpa
daquela Sangue-Ruim – disse Rick Flint, o outro batedor.
Foi tão rápido
o movimento de Escórpio, que ia à frente, que os outros só viram Rick voar pelos
ares e aterrissarvno meio do corredor de pedra, iluminado por archotes.
– NUNCA MAIS
CHAME ROSA DE SANGUE-RUIM! – gritou Escórpio, encarando Rick, que levantava com
a ajuda dos companheiros.
– Mas é o que
ela é – disse Montague. – Tanto que você nem tem coragem de assumir que gosta
dela.
– CALA ESSA
BOCA! – Escórpio estava enfurecido e, de repente, percebeu que era com ele
mesmo e não com Montague. Ele virou-se e caminhou rápido para Sala Comunal da
Sonserina. No trecho de parede lisa disse “Superioridade” e a parede deslizou
permitindo sua entrada.
No fim de
semana, Escórpio estava decidido a falar com Rosa de qualquer jeito. Ele ficou
sabendo enquanto estudava na biblioteca que a garota não pretendia ir ao
passeio à Hogsmeade – o último antes das férias de Natal. Essa seria a
oportunidade dele.
Depois que
todos saíram para Hogsmeade(os amigos de Escórpio nem perguntaram porque ele
não ia), Escórpio dirigiu-se à biblioteca, mas Rosa não estava lá. Droga,
pensou ele. E se ela estivesse na Sala Comunal? Não poderia entrar lá.
O garoto subiu
para o corredor onde ficava o retrato da Mulher Gorda. O castelo parecia
deserto.
– Senha? –
disse a Mulher Gorda, distraída. – Ei, você não é da Grifinória.
– Eu sei –
disse Escórpio. – A senhora poderia me dizer se Rosa Weasley está aí dentro,
por favor.
– Não estou
aqui para dar informações sobre os alunos. Vá procurar lá fora.
Escórpio saiu, desanimado. No caminho,
encontrou o fantasma da Grifinória, Nick Quase Sem Cabeça, flutuando pelo
corredor.
– Sir Nicholas
– chamou ele.
– Ora, quem me
chama pelo nome? – disse Nick, virando a cabeça, que balançou na gola de rufos.
– Escórpio Malfoy.
– O senhor viu
Rosa Weasley por aí?
– Ah, sim. A
srta. Weasley saiu para os jardins com um garoto da Lufa-lufa.
– Obrigado,
Sir Nicholas. Bom dia – Escórpio saiu correndo.
Rosa estava na
estufa nº 3 com Bruno. Escórpio entrou e ali estava bem melhor que fora – um
vento frio furava as bochechas e deixava a ponta do nariz dormente.
Rosa e Bruno
estavam sentados a uma das bancadas, no fundo da estufa, lutando com um tronco
de Arapucosos.
– Está vendo?
– disse Bruno, quando Rosa pegou uma vagem do meio do tronco. – Não é tão
difícil. Mais difícil é espremer. – Bruno viu Escórpio. – O que tá fazendo
aqui?
Rosa se virou
e tirou os óculos protetores.
– Posso falar
com você? – perguntou Escórpio a Rosa.
– Não –
respondeu Bruno, ríspido.
– Não falei
com você, Finch-Fletchey – retrucou Escórpio.
– Calma –
disse Rosa, quando Bruno levantou-se. – Acho que você já disse tudo que tinha
pra dizer, Malfoy.
– Por favor,
Rosa... eu...
– Algum
problema aqui? – perguntou o prof. Longbottom, entrando pela outra porta da
estufa.
– Não,
professor – disse Rosa. – Malfoy já estava de saída.
Escórpio não
teve outra alternativa a não ser dar meia volta e sair. Mas ele não ia
desistir.
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